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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

DOENÇA DE STILL DO ADULTO: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A Doença de Still do Adulto ou Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica é uma condição inflamatória rara de etiologia desconhecida que acomete a população entre 16 e 32 anos. Suas manifestações articulares incluem artrites ou artralgias inflamatórias migratórias. As manifestações extra-articulares são: rash morbiliforme ou maculopapular, não-pruriginoso, de coloração róseo-salmão, linear ou circular, distribuídos em tronco ou extremidades superiores, costuma ser desencadeado ou piorado durante picos febris ou outros aumentos de temperatura como banhos quentes; febre diária; odinofagia; hepatoesplenomegalia e linfadenopatia cervical. Laboratorialmente caracteriza-se por anemia, leucocitose e neutrofilia; trombocitose; provas inflamatórias como PCR, VHS e ferritina elevadas; alteração das transaminases; Fator Reumatóide e Fator Antinúcleo não-reagentes. O tratamento consiste na corticoterapia, associada ou não a metotrexate ou cloroquina.

Objetivos

Relatar caso de paciente feminina com Doença de Still e boa evolução.

Delineamento e Métodos

Revisão de Prontuário.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

T.S.S., 28 anos, feminina, hígida, admitida com exantema não-pruriginoso há 12 dias, de distribuição centrífuga até cotovelos e joelhos, associado a odinofagia, febre diária e dispnéia, sem uso de medicações prévias. Apresentava leucocitose de 27.400 céls/mm³ com neutrofilia e desvio à esquerda até metamielócitos, VHS: 90mm/h, PCR: 383, TGO: 83; TGP: 39, FAN e Fator Reumatóide não reagentes. Devido a dispnéia, tosse seca e derrame pleural, paciente foi tratada para sepse grave pulmonar, porém após culturas negativas, persistência de febre após antibioticoterapia, exclusão de outros focos infecciosos e surgimento de artralgia, aventou-se a hipótese de Doença de Still e foi solicitada dosagem de Ferritina: superior a 40.000 ng/mL (vr: 4,63 a 204,0). Baseado nos critérios de Yamaguchi, foi iniciado tratamento com prednisona havendo melhora. Na alta hospitalar encontrava-se sem exantema, dispnéia, febre ou dores articulares. Manteve acompanhamento ambulatorial com esquema regressivo de corticóide e metotrexate.

Conclusões/Considerações Finais

A Doença de Still do Adulto, apesar de rara, deve ser lembrada na presença de febre persistente, principalmente quando associada a quadro cutâneo-articular, provas inflamatórias elevadas, e testes de triagem para doenças auto-imunes negativos. Neste caso, o nível elevado de Ferritina e a resposta ao corticóide favoreceram o diagnóstico.

Palavras-chave

Doença de Still; adulto; exantema

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo - São Paulo - Brasil

Autores

Rodrigo Rezende Reis Sepini, Ana Gabriela Souza Caldas, Faustino Peron Filho, Daniella Rezende Duarte Maksymczuk