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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Prevalência de insônia e seu valor no diagnóstico de episódio depressivo maior

Fundamentação/Introdução

O episódio depressivo maior (EDM) é frequentemente acompanhado por distúrbios nos padrões do sono, como insônia. De acordo com o "Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Five Edition" (DSM-V), alteração do sono está incluída como um dos critérios que não são obrigatórios para o

Objetivos

Avaliar a prevalência de insônia em pacientes atendidos no ambulatório de clínica médica e analisar seu valor no diagnóstico de EDM.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional e transversal, com inclusão de 302 pacientes entre 20 e 80 anos que procuraram ambulatório de clínica médica. Foram aplicados os critérios diagnósticos do DSM-V para EDM e insônia, além de questionário específico para avaliação dos subtipos de insônia. Os pacientes foram separados em dois grupos (Sem EDM e Com EDM). A insônia foi subdivida em inicial, intermediária e terminal. De acordo com a distribuição das variáveis pelo histograma e teste de Normalidade Kolmogorov-Smirnov, foram utilizados os testes de Mann-Whitney ou Teste t de Student, considerando-se o nível de significância de 5%.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A prevalência de EDM foi de 37,1% nos pacientes atendidos no ambulatório de clínica médica, sendo 25,0% homens e 44,2% mulheres. Comparando-se os pacientes com e sem EDM, não houve diferença significativa em relação à idade (p=0,79). Nesta amostra, 39,1% dos pacientes apresentaram critérios de insônia, que foi diagnosticada em 30,1% e 8,9% do grupo com e sem EDM, respectivamente. Em relação aos subtipos de insônia, naqueles com e sem EDM, foi detectado de forma respectiva: insônia inicial (67% e 15,3%), insônia intermediária (61,6% e 16,3%) e insônia terminal (48,2% e 11,1%). A presença de insônia apresentou sensibilidade de 81,3% e especificidade de 85,9% para o diagnóstico de EDM. Insônia e seus subtipos analisados foram significativamente mais frequentes (p<0,001) no grupo com EDM, sendo a inicial o subtipo mais prevalente nesses pacientes.

Conclusões/Considerações Finais

Têm sido descrito o impacto negativo relacionado ao subdiagnóstico de transtornos do sono e depressão na prática clínica. Foi observada elevada prevalência de insônia e EDM na amostra estudada, sendo significativamente maior naqueles com EDM. A despeito de distúrbios do sono não estarem incluídos nos critérios obrigatórios para EDM, a presença de insônia foi importante no seu diagnóstico. Esses resultados corroboram a necessidade da aplicação de critérios diagnósticos, visando à detecção de transtornos do sono e depressão entre pacientes atendidos no ambulatório de clínica médica.

Palavras-chave

insônia, depressão, clínica médica

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Viviane Maria Maiolini, Yuri Cardoso Rodrigues Beckedorff Bittencourt, Natália Martins Bernardes, Isabella Michelotti, Júlio César Tolentino