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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

HEPATITE QUÍMICA POR TUBERCULOSTÁTICOS EM PACIENTE HIV POSITIVO

Fundamentação/Introdução

A hepatite química ocorre em até 30% dos pacientes que iniciam o tratamento com tuberculostáticos (Isoniazida, Rifampicina, Pirazinamida e Etambutol - RHZE), variando desde um aumento transitório assintomático das transaminases até uma hepatite aguda grave.

Objetivos

Relatar um caso de paciente infectada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que cursou com hepatite química após início de tuberculostáticos.

Delineamento e Métodos

Relato embasado em um estudo observacional cujas informações foram obtidas através de revisão de prontuário, entrevista com o paciente, revisão de literatura e análise de exames realizados.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente 32 anos, feminina, branca, solteira, internada com suspeita clínica de tuberculose (TB) e infecção por HIV. Foi iniciado tratamento com Bactrim® e RHZE, encaminhada ao centro de referência de TB e HIV. Após 11 dias de uso da medicação, apresentou piora clínica; icterícia, astenia, prurido intenso pelo corpo, vômitos frequentes e síncope. Exames laboratoriais da paciente: Hemoglobina: (8,6g/dL), Bilirrubinas total: (6,7mg/dl). Bilirrubina direta: (4,3mg/dl), Bilirrubina indireta: (2,4mg/dl), Ureia: (60mg/dL), Fosfatase alcalina: (1196U/L), Aspartato-transaminase (AST): (506U/L), Alanino-transaminase (ALT): (126U/L), Gamaglutamil transpeptidase (GGT): (614U/L). Sorologia positiva para HIV.
Em função do quadro clínico levantou-se hipótese de hepatite química, portanto foi interrompido o esquema de RHZE, mantido Bactrim® e solicitada carga viral (CV) e linfócitos T CD4+ (CD4). Retorna sem melhora dos sintomas, CV: (1.511.679 cópias) e CD4: (233céls/mm3). Frente a esse quadro foi iniciada terapia antirretroviral (Lamivudina, Tenofovir e Efavirenz). Após 5 dias de uso do esquema antirretroviral apresentou-se em bom estado geral, anictérica e com remissão dos sintomas.

Conclusões/Considerações Finais

A hepatite química é frequente em pacientes que iniciam o esquema tuberculostático. Entre os indivíduos co-infectados por HIV e TB os efeitos adversos assumem uma importância ainda maior, devido a sua natureza potencialmente fatal. No caso descrito a paciente iniciou com tuberculostáticos e após diagnóstico de hepatite química, interrompeu o tratamento, tendo que iniciar o esquema antirretroviral devido a alta carga viral e baixo CD4 apresentado nos exames.
A frequência de hepatotoxicidade por tuberculostáticos é maior em pacientes infectados pelo HIV, e as complicações causadas pela hepatotoxicidade em pacientes com CD4 abaixo de 200 células/mm3 podem ser o principal fator da alta mortalidade.

Palavras-chave

Tuberculostáticos, Hepatite Química, HIV

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - Santa Catarina - Brasil

Autores

Yuri Caetano Machado, Ana Camila Ascoli, Thessaly Puel Oliveira, Dâmaris Martins Souza, Rosalie Kupka Knoll