Análise comparativa entre Escala de Performance de Karnofsky e Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton como determinantes na Assistência Paliativa
Fundamentação/Introdução: Há muitas enfermarias que recebemgrande número de pacientes, os quaisse beneficiariam com Assistência Paliativa. Entretanto, mesmo que a terapia Paliativista seja demasiadamente importante para os pacientes e seus familiares, essa ainda é uma área obscura para todos.Existe uma dificuldade em identificar quais pessoas precisam de Cuidados Paliativos (CP) e qual o momento certo para intervir.
Objetivos: Confrontar a baixa capacidade física do pacientecom o número de sintomas apresentados, identificando o melhor momento para iniciar a intervenção.
Delineamento e Métodos: Realizou-se estudo de coorteem uma enfermaria geral de clínica médica,através de busca ativa de pacientes que necessitariam de Assistência Paliativa. Foram avaliados 98 pacientes, com no mínimo 48 horas de internação, no período de 22 a 31 de julho de 2015. Desses, 19 enquadraram-se em pelo menos um dos três critérios de inclusão para CP determinados neste trabalho: expectativa de vida inferior a seis meses, Escala de Performance de Karnofsky (EPK) menor que 70% (cuida de sim mesmo, porém não é capaz de trabalhar) e portador de uma doença avançada e progressiva. Os instrumentos utilizadosforam: aplicação da EPKeda Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton (ESAS).
Resultados: Dentre os pacientes necessitados de CP, 21% apresentavamEPKde 100% (sem sinais ou queixas e sem evidência de doença) e possuíam uma quantidade superior a cinco sintomas de graduações altas que necessitariam de abordagem. Em pacientes com uma dependência moderada, ou seja, EPK de 70%, 16% era acometido por mais de cinco sintomas em graus intensos e 5% sofriacom uma menor quantidade. Porém, quando a dependência era acentuada, com EPK de 30% (extremamente incapacitado, necessitando de hospitalização, mas sem iminência de morte), os pacientes apresentavam quantidade inferior a cinco sintomas.
Conclusões/Considerações finais: Quanto maior o grau de independência, maior a quantidade de sintomas e mais expressivas são as queixas. Isso demonstra que seria vantajoso para o paciente e seus familiares uma Assistência Paliativa precoce; pois, se esses sintomas forem corretamente controlados, permitiria viver de uma forma mais digna. Já quando a dependência física é alta, os sintomas tendem a ser menos expressivos, diminuindo o leque de opções que possam atingir uma melhor qualidade de vida. Isso também justifica a realização de uma abordagem precoce logo após o diagnóstico.
Cuidados Paliativos; Assistência Paliativa; Escala de Karnofsky; Escala de Edmonton.
Clínica Médica
Hospital Memorial de Maringá e Faculdade Ingá – UNINGÁ - Paraná - Brasil
Camila Avila Megda Cabianca, Greisy Gisele Menegheti, Isabela Coelho Portilho Bernardi, Sanderland Jose Tavares Guegel