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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Gigantomastia gestacional em paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico: relato de caso

Fundamentação/Introdução

Gigantomastia é uma condição rara, caracterizada por um excessivo crescimento mamário, maior que 1,5 Kg por mama, estando mais comumente descrita no período puberal e gestacional. Sua etiologia permanece pouco conhecida, no entanto algumas drogas e/ou distúrbios hormonais podem ser possíveis indutores. A relação de gigantomastia com doença autoimune ainda não se encontra bem estabelecida na literatura, havendo relatos em miastenia graves, lúpus eritematoso sistêmico (LES), artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto.

Objetivos

Relatar um caso de gigantomastia em gestante portadora de LES.

Delineamento e Métodos

As informações foram obtidas através da coleta e análise de dados contidos em prontuário, coligado ao exame do sujeito, após consentimento da mesma.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

L.S.A.P, 32 anos, G2P1A0, diagnosticada com LES, há 9 anos, forma cutâneo-articular, FAN padrão nuclear pontilhado grosso, anti-DNA, anti-RNP e anti-SSA/Ro positivos. Vinha em uso de hidroxicloroquina 400mg/dia, azatioprina 50mg/dia, prednisona 5mg/dia e levotiroxina 75 mcg/dia, compareceu ao ambulatório de reumatologia referindo aumento do volume mamário bilateral, após inicio da gestação (IG 14 semanas), associado a eritema e dor contínua de forte intensidade, cursando com piora da sintomatologia há 40 dias, apresentou ainda um pico febril. Em consulta prévia de pré-natal informa ter sido medicada com cefalexina 500mg, associado à paracetamol, sem melhora. Nega galactorréia, nódulos mamários ou drenagem de secreção, além de outras comorbidades ou quadro semelhante em primeira gestação. Ao exame físico, apresentava gigantomastia bilateral (circunferência total: 133cm; fúrcula até mamilo direito: 39 cm; fúrcula até mamilo esquerdo: 41cm) associado a edema e eritema, sem evidência de massas, pontos de flutuação e/ou necrose. A USG mamária demonstrou mamas aumentadas de volume, simétricas, com espessamento difuso da pele e importante adensamento do tecido celular subcutâneo, sem evidências de coleções organizadas, parênquima glandular bem distribuído, sem evidências de lesões nodulares sólidas, linfonodos axilares de morfologia e ecotextura habituais. Realizou perfil hormonal (testosterona total, testosterona livre, prolactina) dentro do padrão de normalidade. A biópsia de fragmento mamário revelou alteração paseudoangiomatosa do estroma, metaplasia apócrina e pele com vasculite linfocítica discreta. A imunohistoquimica não evidenciou presença de neoplasia.

Conclusões/Considerações Finais

Gigantomastia é uma complicação rara de LES e a terapêutica cirúrgica.

Palavras-chave

Gigantomastia; Lúpus eritematoso sistêmico

Área

Clínica Médica

Autores

Mittermayer Barreto Santiago, Rafaela de Brito Alves, Vanessa Fonseca de Jesus, Ana Luiza Souza Pereira