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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS MORBIDOS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A BIOIMPEDANCIOMETRIA E O ÍNDICE DE ADIPOSIDADE

Fundamentação/Introdução

Existem controvérsias quanto à metodologia utilizada para medir a composição corporal em obesos. Dois métodos validados para essa população na literatura, a bioimpedânciometria (BIM) e o índice de adiposidade corporal (IAC).

Objetivos

Neste estudo objetivou-se comparar as metodologias de BIM e IAC em pacientes obesos

Delineamento e Métodos

Estudo clínico retrospectivo e antropométrico, utilizando medidas de cintura, quadril, circunferência cervical e IMC, realizado com pacientes obesos do ambulatório da universidade. Para o estudo de massa adiposa corporal utilizou-se a BIM e o IAC. A BIM consiste em uma corrente elétrica de baixa amplitude e alta frequência que passa pelo corpo, fazendo uma leitura do peso, percentual de gordura por região, massa magra, água e taxa metabólica. O IAC foi calculado com base no estudo de Bergman, que considera a relação da medida da circunferência do quadril e altura.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram avaliados 51 indivíduos com sobrepeso/obesidade (44 ±5 anos, 81% mulheres, IMC 39,5 ±3,0 kg/m²). Esses tiveram uma média de 53,35% (±5,37) de gordura corporal segundo a BIM e 50,51% (±13,59) segundo o IAC. A diferença entre os dois métodos foi insignificante. A porcentagem de gordura corporal determinada pelo IAC foi 2,84% menor que a encontrada na BIM. Essa diferença variou quando o IMC foi dividido em três faixas: abaixo de 45 kg/m² foi de 3,1%; entre 45,1 a 49,99 kg/m² de 3,78% e acima de 50 kg/m² de 1,86%. Mesmo assim, não houve diferença significativa entre os métodos. Um dos resultados nesta análise foi que a quantificação do IAC pode ser estimada sem o uso de uma avaliação mecânica ou eletrônica de peso corporal. Assim, mesmo em ambientes simples ou isolados, uma estimativa confiável da adiposidade pode ser obtida. Há, ainda, evidências de que o teor de gordura visceral ou hepática pode significar um maior risco cardiovascular que a adiposidade total. As dimensões do quadril abarcam tanto a adiposidade visceral quanto a subcutânea e isso pode refletir a porcentagem de gordura total. Dessa forma, o IAC fornece informações importantes em ampla variedade de ambientes.

Conclusões/Considerações Finais

O IAC demonstrou-se um bom método para avaliar a gordura corporal em obesos mórbidos pela facilidade de cálculo, baixo custo e resultados similares aos obtidos pela BIM. Porém, estudos futuros deverão identificar se o IAC pode ser utilizado com exatidão em paciente com sobrepeso e em estágios iniciais da obesidade.

Palavras-chave

: medição de gordura; composição corporal; obesidade;

Área

Clínica Médica

Autores

Frederico Hemkemeier Bisneto, Bruna Cambrussi de Lima, Carolina Ramos, Maitê Pedrotti, Gerson Urnau