Título

Análise de Tendência da Carga de Doença por Tuberculose no Estado de Santa Catarina no Período 2007-2011

Fundamentação/Introdução

A tuberculose atinge todas as faixas etárias, com predomínio nos indivíduos em idade produtiva. O Brasil ocupa a 17ª posição entre os 22 países com maior numero de casos.

Objetivos

Estimar a tendência da carga da tuberculose no estado de Santa Catarina no período de 2007 a 2011.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, realizado a partir dos residentes em Santa Catarina, notificados no Sistema Nacional de Agravos e Notificações e no Sistema de Informação de Mortalidade, entre 2007 a 2011. O número de DALYs (Disability Adjusted Life Years- Anos de Vida Ajustados por Incapacidade) foi estimado pela soma dos subcomponentes YLLs (Years of Life Lost – Anos de Vida Perdidos) e YLDs (Years Lived with Disability – Anos Vividos com Incapacidade). As taxas de YLLs, YLDs, DALYs foram padronizadas segundo sexo, faixas etárias. Foi realizada regressão linear segmentada para estimar a tendência da carga da tuberculose. Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com número do parecer: 474.110.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram observados 696 óbitos e 8.598 notificações de tuberculose. O ano com maior taxa padronizada de mortalidade precoce foi 2009 com 80,3 YLLs/100 mil habitantes. O ano com maior taxa padronizada de morbidade foi 2008 com 12,2 YLDs/100 mil habitantes. A maior taxa padronizada foi no ano de 2009 com 91,8 DALYs/100 mil habitantes e a menor no ano de 2007 com 67,2 DALYs/100 mil habitantes. As taxas de DALYs foram mais altas no sexo masculino em todos os anos de estudo. O ano de 2011 apresentou a maior taxa (116,3 DALYs/100 mil habitantes homens) o ano de 2009, a menor (81,5 DALYs/100 mil habitantes homens). A faixa etária que apresentou a maior taxa foi a de 40 a 44 anos no ano de 2009 (18,2 DALYs/100 mil habitantes). A maior carga da tuberculose foi observada no sexo masculino, em faixas etárias economicamente ativas. O estudo demostrou um aumento não significativo de 3,8% ao ano nas taxas de DALY no Estado de Santa Catarina no período estudado.

Conclusões/Considerações Finais

A tendência da carga da tuberculose neste estudo foi estável no período estudado, pois não foram observadas variações significativas nas taxas de YLLs, YLDs e DALYs. Nessa perspectiva, infere-se que os programas de controle da doença não estão mudando o impacto em anos de vidas perdidos ajustados por incapacidade.

Palavras-chave

Tuberculose. Epidemiologia. Carga de doença. Mortalidade. Morbidade.