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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: COINFECÇÃO HANSENÍASE DIMORFA - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Fundamentação/Introdução

A hanseníase e a leishmaniose são doenças crônicas, infecto-parasitárias, granulomatosas e que podem apresentar aspectos clínicos semelhantes.

Objetivos

Relatar o caso de rara coinfecção hanseníase-leishmaniose.

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

G.S.C., sexo feminino, 27 anos, parda, doméstica, natural e procedente de Santana do Araguaia-PA, comparece à Estratégia Saúde da Família em janeiro de 2013 com diagnóstico de hanseníase dimorfa. Foi submetida a tratamento com poliquimioterapia multibacilar por 12 meses, recebendo alta por cura e sem apresentar qualquer grau de incapacidade. Após 6 meses do fim do tratamento retornou à unidade, quando foi diagnosticada com reação hansênica tipo 2. De imediato foi iniciado o tratamento com talidomida 200mg/dia, havendo remissão completa dos sintomas. Foi solicitada baciloscopia que revelou índice bacilar (IB)=1,5. Depois de 4 meses do último episódio, manifestou nova reação tipo 2, sendo instituída a mesma terapêutica, com evolução satisfatória. Em janeiro de 2015 retornou ao ambulatório com pápulas disseminadas pelo corpo e que evoluíram para úlceras com fundo granuloso e de bordas infiltradas, acompanhadas de lesões nodulares. Foi submetida à nova baciloscopia, com IB=1,25. Como as lesões não apresentavam aspecto típico de eritema nodoso hansênico, foi aventada a hipótese diagnóstica de leishmaniose tegumentar. Foi solicitada pesquisa de amastigotas de Leishmania spp. em esfregaço, com resultado positivo. Para complementação diagnóstica foi realizado o exame histopatológico das lesões, que confirmou o diagnóstico de leishmaniose e sinalizou para o quadro clínico de coinfecção. Sendo assim, foi iniciado o tratamento com antimonial pentavalente na dose de 15mg de Sb+5/kg/dia, por 30 dias. Após 3 esquemas de 30 dias cada, houve remissão completa das úlceras e lesões nodulares. Em agosto de 2015 compareceu ao ambulatório para seguimento clínico, sendo constatada a resolução completa do mal de Hansen e da leishmaniose.

Conclusões/Considerações Finais

A coinfecção hanseníase-leishmaniose é uma condição clínica rara e subdiagnosticada. Ambas as doenças podem apresentar aspectos clínicos semelhantes, a depender do estado imunológico do hospedeiro, pólo anérgico ou hiperérgico. Inusitadamente, a paciente cursou com a forma anérgica da hanseníase e hiperérgica da leishmaniose. Devido ao alto grau incapacitante e as graves repercussões psicossociais ocasionadas ao enfermo, atenta-se à necessidade em firmar o diagnóstico e tratar precocemente a coinfecção.

Palavras-chave

Hanseníase, Leishmaniose, Coinfecção

Área

Clínica Médica

Instituições

Estratégia Saúde da Família Dr. José Roberto Violatti - Pará - Brasil

Autores

José Roberto Violatti Filho, José Roberto Violatti, Fernando Branco Prata Lóes