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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Angioedema Hereditário desencadeado por anticoncepcional oral combinado: relato de caso.

Fundamentação/Introdução

O angioedema hereditário (AEH) é uma doença rara, de origem genética, autossômica dominante com penetrância incompleta, com prevalência de 1:50.000 casos, sendo caracterizada por mutações do gene inibidor de C1 (C1-INH). A clínica desta patologia é caracterizada por edema não depressível e não pruriginoso que costuma acometer extremidades, podendo também ser percebida em outras partes do corpo, inclusive genitálias, podendo complicar com edema de glote.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente com AEH desencadeado por anticoncepcional oral (ACO) combinado, diagnosticado aos 31 anos de idade, após manifestação de edema em mãos e pés, que procurou atendimento médico especializado depois de apresentar um episódio de edema de glote.

Delineamento e Métodos

Relato de caso de uma paciente com AEH desencadeado por uso de ACO combinado com base na revisão de prontuário.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente feminina, 31 anos, atendida em ambulatório de alergologia, há um mês apresentou crise com manifestação de edema periorbital bilateral associado à dispneia intensa, necessitando de atendimento em PA e tratada com adrenalina, prometazina intramuscular e hidrocortisona endovenosa, sem resolução imediata dos sintomas, então feita intubação orotraqueal e diagnosticada com anafilaxia. Nega associação com prurido, alterações cutâneas, relação com fatores desencadeantes. Nega histórico familiar de AEH. Relata que há um ano começou a apresentar edema de mãos e pés que duravam cerca de um dia e tinham remissão espontânea, de caráter intermitente e frequência esporádica, passando a crises semanais na época da consulta. Referiu como medicação de uso contínuo apenas ACO combinado. Para diagnóstico foram solicitados exames de laboratório, evidenciando a diminuição de C4, CH50 e a diminuição de inibidor de C1 esterase em dois exames. Com a associação destes exames e a clínica apresentada pela paciente, foi descartada a hipótese de anafilaxia e concluído o diagnostico de AHE. A conduta adotada foi orientar a paciente sobre a patologia e possíveis fatores desencadeantes, enfatizando a retirada do ACO combinado e recomendando o uso de Icatibanto SC quando crise.

Conclusões/Considerações Finais

No presente caso, após a suspensão do uso de ACO combinado, a paciente obteve melhora dos sintomas, sendo concluído que o medicamento era um fator desencadeante. No mesmo contexto, apesar de ser uma doença genética dominante, cerca de 20-25% dos pacientes com AEH não apresentam histórico familiar da doença, assim, a causa do AEH são mutações novas, como observado no presente relato.

Palavras-chave

angioedema hereditário; fatores desencadeantes; anticoncepcional

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Vale do Itajai - Santa Catarina - Brasil

Autores

Tamires Farina Menegat, Juliano Paula Loblein, Gianna Luissa Coelho, Felipe Marcolini Dantas Bertucci, Claudia Santos Dutra Benhardt