CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.
A insuficiência renal crônica (IRC) é um problema de saúde pública mundial, sendo dividida em 5 estágios conforme a taxa de filtração glomerular (TFG), sendo o estágio 5 classificado como terminal. Apesar dessa denominação, a fase terminal pode durar um longo período de tempo, e em casos onde o paciente se recusa realizar o tratamento ou ele não é mais eficaz, os cuidados paliativos devem ser discutidos
Relatar um caso de uma paciente com IRC grau V em hemodiálise, onde decidiu-se iniciar cuidados paliativos.
Relato de caso
Sexo feminino, 35 anos, com IRC de causa desconhecida, em diálise há 23 anos e clearance de creatinina de 13.05mL/min. Interna por intensa dispneia e dor torácica após realizar hemodiálise, sendo diagnosticada com tromboembolismo pulmonar. Ao exame físico apresentava-se taquidispneica, hipoxêmica, confusa, com desnutrição severa, hipertensa e com edema facial. No internamento apresentou melhora do quadro pulmonar, porém manteve a gravidade do quadro geral apesar do tratamento clinico intenso e diálise. Discutido com equipe multidisciplinar hospitalar, com familiares e paciente sobre a limitação do quadro, foi optado em conjunto por medidas paliativas. Após 20 dias de internamento a paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória, indo a óbito.
A IRC é uma patologia progressiva, sendo a hemodiálise apenas uma alternativa de tratamento a fim de aliviar os sinais e sintomas. Em casos como o da paciente descrita, em que a hemodiálise deixa de ser efetiva, e não há possibilidade de nenhuma outra terapêutica, os cuidados paliativos devem instituídos, de modo que a morte ocorra de forma natural e minimize sofrimento para o paciente e seus familiares
humanos, mulher, insuficiência renal crônica, cuidados paliativos, comunicação interdisciplinar, assistência terminal, manejo da dor
Clínica Médica
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