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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Antibioticoterapia empírica para infecção do trato urinário (ITU): Hora de revermos conceitos? Análise descritiva de coorte de uroculturas positivas em hospital terciário

Fundamentação/Introdução

A ITU é importante problema de saúde pública e responde por grande parte das infecções comunitárias e hospitalares. Os agentes antimicrobianos prescritos empiricamente é o tratamento padrão. O uso indiscriminado desta terapia tem proporcionado crescente resistência bacteriana. A vigilância hospitalar com identificação dos principais agentes etiológicos e perfil de sensibilidade antibiótica possibilita monitorar a microbiota local direcionando a terapia empírica.

Objetivos

Descrever os agentes etiológicos e o perfil da sensibilidade aos antimicrobianos em uroculturas de 2011-2014.

Delineamento e Métodos

Estudo clínico observacional, descritivo e retrospectivo que analisou registros hospitalares e identificou as uroculturas positivas realizadas em hospital terciário do interior paulista entre 2011 e 2014 sem distinção pelo diagnóstico da internação. Foram analisadas 266 uroculturas positivas, sendo 41, 55, 83 e 87 respectivamente de 2011 a 2014. A análise estatística incluiu descrição da incidência dos patógenos e sensibilidade antimicrobiana por metodologia binomial bicaudal com nível de significância de 95%.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A E. coli e a K. pneumoniae foram os agentes mais prevalentes com variação de 48,7 à 65,5% e 13,2 à 30,9% respectivamente. Outros agentes isolados foram: P. aeruginosa, P. mirabillis, K. oxytoca entre outros. A incidência da E.coli foi semelhante de 2011 a 2014, enquanto que para k. pneumoniae foi significativamente maior em 2012 (p=0,021). O perfil de sensibilidade foi variável; considerando a E. coli, observou-se que Ciprofloxacino (CIP) e Levofloxacino (LEV) apresentaram as mesmas taxas e oscilaram 30-77-47-56%; à Norfloxacino (NOR) 40-57-44-42% e à Sulfametoxazol-trimetropim (SFT) 20-23-60 e 30%. Para K. penumoniae foram: CIP 30-82-36-62%; LEV 30-82-27-62%; NOR 40-71-27-38% e à SFT 20-29-27 e 23%. A Amicacina apresentou alta eficácia para E. coli (>96%) e oscilou para K.pneumoniae 100-88-73-77%.

Conclusões/Considerações Finais

A E. coli e a K. pneumoniae foram os agentes mais frequentes nas uroculturas. Não houve variação na incidência para E.coli, no entanto a K. pneumoniae apresentou incidência significativamente maior em 2012. O perfil de sensibilidade foi variado; destaca-se a elevada sensibilidade da E. coli e K. pneumoniae à CIP em 2012 comparado aos demais anos (p=0,021). Merece reflexão a queda da sensibilidade ao CIP nos anos seguintes, sendo assim válido repensar se está na hora de revermos a terapia empírica com CIP nas ITU hospitalares.

Palavras-chave

urocultura, sensibilidade, E.coli

Área

Clínica Médica

Instituições

Fundação Santa Casa de Misericórida de Franca - São Paulo - Brasil

Autores

Cícero Marcolino da Silva Junior, Gabriela Bittar Cunha, Lorena Alves Faria Ribeiro, Stella Mariana Ferreira Giolo, Wilson Cunha Junior