Título

A CARGA DE DOENÇA POR INFLUENZA NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO ANO DE 2012

Fundamentação/Introdução

Introdução: As epidemias de influenza são responsáveis por 250 mil a 500 mil óbitos em todo mundo anualmente. A doença gera importante impacto na economia em virtude dos custos e também devido à perda de produtividade laboral. Um indicador que agrega morbidade e mortalidade associadas às doenças é o DALY – Disability Adjusted Life Years (Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade). Este captura a relevância e o poder de impacto de condições não fatais, porém incapacitantes, geradas pela doença.

Objetivos

Objetivo: Determinar a carga de doença por influenza no estado de Santa Catarina no ano de 2012.

Delineamento e Métodos

Métodos: Estudo ecológico envolvendo dados de mortalidade e morbidade por influenza de residentes em Santa Catarina em 2012, disponíveis no DATASUS/Ministério da Saúde. Adotou-se a metodologia dos estudos de carga de doença proposta por Murray et al no Global Burden of Disease, no Estudo de Carga de Doença no Brasil e nos estudos de carga de doenças em Santa Catarina. As taxas de YLL, YLD e DALY segundo sexo, faixas etárias e macrorregião de saúde foram padronizadas de acordo com a população padrão mundial. Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Resultados: Dentre 3.282 casos notificados por Síndrome Respiratória Aguda Grave, somou-se 982 de casos por influenza. A doença estudada foi responsável por um total de 2.644,53 DALYs e por uma taxa de 60,51/100 mil habitantes; destes 54,50% (42,12/100 mil habitantes) no sexo feminino e 45,50% (33,40/100 mil habitantes) no sexo masculino. A faixa etária que apresentou maior taxa de DALY foi de 20 a 29 anos (19,71/100 mil habitantes), seguida da faixa etária 40 a 49 anos (9,33/100 mil habitantes). As maiores taxas de DALYs, segundo macrorregiões de saúde, foram representadas pela macrorregião Sul (57,21/100 mil habitantes), Meio Oeste (56,11/100 mil habitantes) e Foz do Rio Itajaí (51,72/100 mil habitantes).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: A carga da influenza de Santa Catarina foi estimada em 60,51 DALYs/100 mil habitantes em 2012, manifestando-se quase que exclusivamente no componente de mortalidade precoce. O sexo feminino, as faixas etárias adultas e as macrorregiões Sul e Meio Oeste apresentaram as maiores cargas de doença. Este estudo auxilia na compreensão do comportamento dos efeitos da influenza em termos de mortalidade precoce e incapacidade gerada no Estado no ano de 2012.

Palavras-chave

Influenza. Impacto. Carga de doença.

Área

Clínica Médica