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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Mortalidade em pacientes sépticos de acordo com o tempo de administração da antibioticoterapia

Fundamentação/Introdução

A sepse constitui-se em um importante problema de saúde pública, não só pelos elevados índices de mortalidade como também pelos encargos financeiros que acarreta. Seu adequado tratamento, portanto, torna-se de extrema relevância, sendo a antibioticoterapia uma das principais condutas a serem adotas precocemente no manejo da sepse.

Objetivos

Descrever a mortalidade bruta em 30 dias dos pacientes com sepse grave e choque séptico que receberam antibioticoterapia em até uma hora comparado aos que receberam após este período.

Delineamento e Métodos

Estudo de coorte retrospectivo realizado no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foram incluídos no estudo pacientes com critérios clínicos de sepse grave e choque séptico de acordo com diretrizes da Surviving Sepsis Campaign, no período de janeiro a dezembro de 2014. Foram excluídos menores de 14 anos e aqueles que previamente não tinham indicação de cuidados de terapia intensiva. As variáveis foram coletadas a partir do prontuário eletrônico e incluíram: utilização de vasopressor, tempo para administração da antibioticoterapia após o diagnóstico (até uma hora e acima de uma hora) e mortalidade em 30 dias. As análises foram realizadas nos programas Epi Info e Excel.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Foram avaliados 587 pacientes, sendo que 225 (38,3%) destes apresentaram diagnóstico de choque séptico e 362 (61,6%) de sepse grave. A mortalidade geral dos pacientes que receberam antibioticoterapia em até uma hora foi de 14,5%(193) sendo 12,4% choque séptico e 2,1% sepse grave. Em contrapartida, a mortalidade dos pacientes que receberam antibiótico em mais de uma hora foi de 10,9%, tendo sido composta de 6,4% casos de choque séptico e 4,5% casos de sepse grave. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a mortalidade geral do grupo que recebeu antibioticoterapia na primeira hora e no grupo que recebeu após esse período (p 0,2 ; RR: 0.96 IC95% [0,9- 1,03]).

Conclusões/Considerações Finais

A administração de antibioticoterapia empírica em até uma hora não acarretou diferença estatisticamente significativa na mortalidade comparativamente à administração deste tratamento após este período. Entretanto, não foram analisadas as características dos grupos estudados, tais como gravidade e comorbidades. Além disso, é importante ressaltar que o manejo da sepse não é constituído apenas de antibioticoterapia precoce, mas também de várias medidas já estabelecidas de suporte clínico.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Polyana Nascimento Cardoso, Alex Pritzel Santos, Mariana Ferreira Oliveira, Miriane Melo Silveira Moretti, Maria Helena Silva Pitombeira Rigatto