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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME MILK-ALKALI LIKE? QUANDO O PACIENTE NÃO FALA: A DIFERENÇA ENTRE ‘’VER – O QUE APARECE’’ E ‘’ENXERGAR – O QUE O PACIENTE TEM’’

Fundamentação/Introdução

A síndrome Milk-álcali é caracterizada por hipercalcemia, alcalose metabólica e vários graus de perda de função renal. Foi claramente descrita em meados de 1950, relacionada com a ingesta de grandes quantidades de cálcio e álcalis absorvíveis.

Objetivos

Relatar um caso cujo diagnóstico aproximou-se da síndrome Milk-alkali por alguns achados clínicos e laboratoriais.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo tipo relato de caso, análise do quadro clínico, evolução e exames laboratoriais.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente feminina, 60 anos, com história de hipertensão, internou na enfermaria com história de diarréia aquosa há 30 dias (ausência de pus, muco ou sangue) com freqüência de duas vezes ao dia associada à perda ponderal, astenia, inapetência e dor abdominal leve. Há uma semana iniciou com vômitos. Em uso ambulatorial de clortalidona, losartana e atenolol para hipertensão. Ao exame físico: regular estado geral, mucosas secas (3+/4+) e hipocoradas (1+/4+). Frequência cardíaca de 110 batimentos/minuto, pressão arterial de 100/60 mmHg, temperatura axilar de 34,8º C. Escala de Coma de Glasgow (ECG) de 14. Dor difusa a palpação profunda do abdômen. Exames laboratoriais: Cálcio Total 16mg/dL; Mg 1,9mg/dL; P 2,4mg/dL; Na 149mg/dL; K 3mmol/L; Cl 108,4meq/L; Calciúria 512,6mg/dia; Creatinina 1,46mg/dL; Uréia 60mg/dL; Calcitriol 38,4pg/mL; PTH 5,4pg/mL; 25OH Vit. D38,4ng/mL; DHL 715U/L. Gasometria Arterial pH 7,5; PaO2 66,8; PaCO2 55,3; Bicarbonato 42,8; excesso de base + 17,9. Trazia consigo exames de endoscopia digestiva alta revelando candidíase esofágica confirmada por pesquisa direta, ultrassonografia de abdome total normal e tomografia de crânio sem alterações. A paciente evoluiu com crise convulsiva generalizada, necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica (VM) na noite da internação. Foi transferida para UTI e permaneceu com hipernatremia, hipocalemia e alcalose metabólica, piorando a função renal (creatinina de 2,6 mg/dL). Retirou-se a sedação, manteve ECG 3 com pupilas médio-fixas. Tomografia de crânio evidenciou áreas de isquemia e hemorragia. Após, teve diagnóstico de morte encefálica.

Conclusões/Considerações Finais

Os achados clínicos da paciente assemelharam-se a síndrome Milk-alkali, mas não foi possível confirmar esse diagnóstico devido à inexistência da ingesta de grande quantidade de cálcio e álcalis absorvíveis na historia clinica, mesmo a paciente tendo fatores facilitadores como a utilização de diuréticos tiazídicos.

Palavras-chave

Milk-alkali, Hipercalcemia, Alcalose Metabólica,

Área

Clínica Médica

Autores

William Marasini de Rezende, Giovanni Pinotti Zin, Mariana Ziliotto Sgnaolin, João Felipe Pedroso Baseggio, Jussara Gomez