CARCINOMA DE MAMA METASTÁTICO: MELHORA DA SOBREVIDA COM USO DE EVEROLIMUS ASSOCIADO A EXEMESTANO
Introdução/Fundamentos: Atualmente, diversas modalidades terapêuticas são alvos de pesquisas, com vistas para uma terapia cada vez mais personalizada de acordo com o perfil molecular da doença. Em casos de doença com receptores hormonais positivos, o tratamento antiestrogênico atua como ferramenta mais atualizada, porém sujeita à resistência endócrina. Nessas circunstâncias, em 2012 o Food and Drug Administration (FDA), aprovou o uso de everolimus para o tratamento de mulheres pós-menopausa, com receptores hormonais positivo, HER-2 negativo em combinação com exemestano, após falha do tratamento com anastrozol.
Objetivos: Relatar resposta ao tratamento ao uso de everolimus associado a exemestano em carcinoma de mama metastático com receptores hormonais positivos e HER-2 negativo.
Delineamento/Métodos: Relato de caso.
Descrição do Caso: M.G., 64 anos, feminina, com histórico de carcinoma mucinoso de mama (receptores hormonais positivos e HER-2 negativo) há cinco anos, tratada com cirurgia associada à esvaziamento axilar, radioterapia e tamoxifeno. Apresentou-se à consulta com dor discreta em dorso. Solicitada RNM, que demonstrou alterações em coluna torácica e lombar, sugerindo metástases; TC de tórax com duas opacidades nodulares; CA 15.3=23,0U/ml. Iniciado anastrozol, primeira linha de tratamento hormonal paliativo para doença metastática. Inicia zometa por dores ósseas. Progressão da doença após oito meses de tratamento, com RNM sugerindo múltiplos implantes em coluna dorsal e lombar; CA 15.3=271,7U/ml. Submetida à cirurgia de coluna, cuja biópsia indicou carcinoma de mama luminal B e iniciada radioterapia de coluna; CA 15.3=104,4U/ml no término das sessões; TC de tórax: discretos nódulos pulmonares. Após um mês, iniciado o uso de exemestano. Seguimento em três meses, TC de tórax: nódulos pulmonares mais numerosos e evidentes; CA 15.3=198,0U/ml. Iniciado everolimus. Após cinco meses de tratamento e ao final de um ano e meio de acompanhamento, evidência de diminuição da intensidade de captação nas lesões D11, D12 e coluna lombar à cintilografia óssea. Queda significativa do CA 15.3 para 101,0U/ml.
Conclusões/Considerações finais: Aproximadamente 95% das pacientes com doença metastática após terapia hormonal de primeira linha, apresentarão progressão da doença. Na atualidade, o uso de everolimus como terapia em casos metastáticos refratários a homonioterapia, é medicamento mais avançado, teve a maior resposta global e caráter antiproliferativo.
Neoplasias da mama;metástase neoplásica;
Clínica Médica
ANDRÉ MORENO, TAMIRES TIBOLA DE MATTOS, BRUNA NEULS VAN LIESHOUT