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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Insulinoma apresentando crises convulsivas como manifestação inicial: relato de caso

Fundamentação/Introdução

Insulinoma é uma neoplasia rara, com incidência de 1caso/250.000pessoas/ano¹, sendo portanto um diagnóstico desafiador. Revela-se causa curável de hipoglicemia potencialmente fatal. O quadro clínico, conseqüente à liberação de catecolaminas, pode direcionar erroneamente o diagnóstico para transtornos neurológicos e psiquiátricos.

Objetivos

Discutir a importância da suspeição e tratamento do insulinoma em pacientes com sintomas neurológicos e hipoglicemia.

Delineamento e Métodos

Descrição de caso de insulinoma e revisão de literatura.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Mulher, 42 anos, diagnosticada com epilepsia há 6 anos por crises convulsivas parciais principalmente no período noturno e pela manhã. Apresentava também lentificação psicomotora e ganho de peso (10kg). Interrogado pela neurologia diagnóstico psiquiátrico para justificar os sinais e sintomas. Em uso de ácido valpróico, carbamazepina, fluoxetina e rivotril. Paciente apresentou glicemia sérica de 21mg/dl em exame coletado após crise convulsiva sendo internada para investigação. Glicemia de 30 mg/dl, insulinemia de 35,1μU/ml, peptídeo C de 4,5ng/ml e tomografia de abdome com tumoração heterogênea em cauda do pâncreas , compatíveis com insulinoma. Abordado cirurgicamente com melhora do quadro clínico, sem novas crises convulsivas ou episódios de hipoglicemia. O anatomopatológico confirmou tumor neuroendócrino. Atualmente em seguimento ambulatorial.

Conclusões/Considerações Finais

Insulinoma é um tumor neuroendócrino produtor de insulina entre outros hormônios. Com maior incidência entre 30-60 anos de idade¹. O quadro clínico decorre da hipoglicemia, manifestando-se com sintomas neuroglicopênicos e simpatoadrenais. Por serem pouco específicos, a média de duração dos sintomas antes do diagnóstico é de 1,5 anos¹ e até 20% são diagnosticados incorretamente como transtorno neurológico ou psiquiátrico² ³.O diagnóstico laboratorial é feito pelo aumento da insulina e peptídeo C na vigência de hipoglicemia, devendo-se excluir hipoglicemia factícia. Métodos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, localizam o tumor, que normalmente é pequeno (< 3 cm). O tratamento padrão é cirúrgico, com recorrência de 8% em 20 anos¹. No caso relatado, confirmou-se hipoglicemia hiperinsulinêmica e a localização e ressecção cirúrgica do tumor foram realizados facilmente devido às dimensões significativas do mesmo. O diagnóstico correto permitiu a melhora completa dos sinais e sintomas apresentados pela paciente.

Palavras-chave

Insulinoma, hipoglicemia, crises convulsivas.

Área

Clínica Médica

Autores

Flávia Carolina Oliveira, Kawana Megumi Uehara, Caio César Takeshi Matsubara, Priscila Hitomi Nagata Maekawa, Guilherme Figueiredo Marquezine