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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

A ultrassonografia e as implicações terapêuticas na diferenciação entre a falsa e a verdadeira Atividade elétrica sem pulso na parada cardiorespiratória

Fundamentação/Introdução

A diferenciação entre Atividade Elétrica sem Pulso (AESP) e pseudo-AESP tem implicações diretas na condução das manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Neste contexto, a ecocardiografia dirigida pode ter um importante impacto nas decisões terapêuticas.

Objetivos

Diferenciar entre AESP e pseudo-AESP nas paradas cardiorespiratórias e comparar, descritivamente, tempo de ressuscitação caridopulmonar, retorno à circulação espontânea, idade e sexo dos pacientes atendidos.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional. Foram arrolados 12 pacientes atendidos na sala de emergência ou na unidade de terapia intensiva entre junho e maio de 2014, por amostragem - apenas paradas-cardiorespiratórias em AESP. Durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar o ecocardiograma dirigido foi utilizado - através da janela subcostal. Nas AESP verdadeiras foram seguidos os guidelines American Heart Association; nas pseudo-AESP as compressões foram interrompidas e iniciado vasopressor e/ou inotrópico associados ou não à preposição volêmica. Em ambos os casos, as causas reversíveis de AESP foram buscadas ativamente.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Evidenciou-se um predomínio de pacientes idosos com mais de 50% apresentando idade superior à 65 anos - média 61,4 anos. A distribuição entre os sexos foi de 58% masculino e, 41% feminino. Nesta amostra, 33% das paradas cardiorespiratórias (PCRs) em AESP foram verdadeiras, contra 66,9% de pseudo-AESP. Ao considerar-se o total de PCRs, 75% dos pacientes obtiveram retorno à circulação espontânea e 25% evoluíram para o óbito. Percentualmente, o grupo de pacientes com pseudo-AESP apresentou uma mortalidade de 12,5% contra 50% de mortalidade na AESP verdadeira. Note-se que 87,5% das pseudo-AESP apresentaram retorno à circulação espontânea. O Tempo médio de ressuscitação cardiopulmonar foi de 12,5 minutos; menor no grupo de pseudo-AESP com 8,2 minutos versus 18 minutos naqueles com AESP verdadeira.

Conclusões/Considerações Finais

Observamos uma taxa de retorno à circulação espontânea maior nos pacientes que apresentaram pseudo-AESP através do ecocardiograma dirigido (Focused echocardiography). Estes dados podem sugerir que a diferenciação em entre estes dois grupos AESP e a mudança de conduta frente à pseudo-AESP possam ter impacto na sobrevida. Contudo, estudos de maior peso são necessários para avaliar o real impacto na prática clínica.

Palavras-chave

ecocardiografia dirigida, ultrassonografia, parada cardiorespiratória, atividade elétrica sem pulso, ressuscitação cardiopulmonar

Área

Clínica Médica

Autores

VOLNEI CORREA TAVARES