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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

CEFALEIA EM PACIENTE HIV POSITIVO: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE DOENÇAS OPORTUNISTAS NEUROLÓGICAS E USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV).

Fundamentação/Introdução

O sistema nervoso é um dos principais e mais comuns sítios de envolvimento em indivíduos com infecção pelo HIV. O comprometimento neurológico é dito primário quando se deve ao próprio vírus e secundário, decorrente de infecções oportunistas. Dentre as manifestações neurológicas, a cefaleia é um sintoma presente tanto em doenças oportunistas, como neurotoxoplasmose (52%), meningite criptocócica (75-90%), quanto na própria terapia antirretroviral (6-11%).

Objetivos

Relatar diagnósticos diferenciais de cefaleia em paciente HIV positivo.

Delineamento e Métodos

Relato de Caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

A.C.S, 31 anos, masculino, músico, residente em Volta Redonda⁄RJ. Atendido no Pronto Socorro do Hospital São João Batista, desta cidade no dia 03⁄06⁄2012 (1º dia), queixando-se de cefaleia holocraniana de forte intensidade, iniciada há 5 horas, associada a náuseas, vômitos e febre não aferida. Paciente HIV positivo há 3 anos, com interrupção do tratamento por 2 e no último mês (junho/2012), reiniciou a terapia: Kaletra® 2 cp e Biovir® 1cp, ambos de 12⁄12 hs. Negava outras comorbidades ou internações prévias. Ao exame físico: hipocorado e afebril. ACV, AR, Abdome, MMII sem alterações. Ao exame neurológico: Glasgow 15, pares cranianos preservados, ausência de sinais meníngeos, força simétrica e preservada e marcha atípica. Diagnósticos iniciais: Meningite criptocócica e Neurotoxoplasmose. Exames laboratoriais: Ht 37, Hb 12,20, leucometria 13.000 (1.300 linfócitos⁄260 CD4+), enzimas canaliculares e transaminases normais, uréia 69, creatinina 0,9, PCR 2. Punção liquórica: aspecto límpido, incolor, glicose 54, proteínas 73, não foram observados germes. TC de crânio: ausências de calcificações intracranianas patológicas. Conduta: internação e prescrição de Kaletra®, Biovir® e sintomáticos. 3º dia de internação: RNM do crânio dentro da normalidade. Ao 18º dia de internação, optou-se por suspensão da TARV e realização da 2ª punção liquórica para cultura de BAAR e fungos: não houve crescimento de microorganismos. Após três dias de suspensão da TARV, a cefaleia e os episódios de vômitos haviam cessados

Conclusões/Considerações Finais

Cefaleia causada pela reintrodução da terapia antirretroviral. Dentre os efeitos colaterais causados por esta, estão: cefaleia, náusea e vômito, todos apresentados pelo paciente, cessados com a suspensão da TARV. É importante lembrar das doenças oportunistas neste diagnóstico diferencial, para que assim seja realizado o tratamento preconizado, evitando mortalidade e garantindo qualidade de vida aos pacientes.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Carolina Lorejam Crespo, Valesca da Silva Gonzalez Lopes, Luciana Aparecida Cruz de Siqueira Pegas, Sabrina Kelly Alves Honório, Jurema Nunes Mello