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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Estrongiloidíase disseminada em paciente com AIDS

Fundamentação/Introdução

Devido ao diminuto relato de casos na literatura médica da associação Aids e disseminação por Strongyloides stercoralis, notamos a necessidade de discutir aspectos relacionados à evolução de paciente em nossa instituição. A estrongiloidíase disseminada foi descrita como uma forma letal de estrongiloidíase em imunossuprimidos. A estrongiloidíase disseminada é definida como o envolvimento de múltiplos órgãos e sistemas. A mortalidade pode chegar a 87% e é frequentemente associada à infecção bacteriana secundária por translocação bacteriana de gram negativos.

Objetivos

Apresentar caso raro de Estrongiloidíase Disseminada.

Delineamento e Métodos

Relato de caso de paciente internado no Hospital Universitário através de uso de informações referidas pelo paciente, revisão do prontuário, obtenção e discussão de imagens do arquivo do setor de radiologia.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

N.J., 40 anos, usuário de drogas (cocaína e crack) há 20 anos dá entrada na UTI em IOT por insuficiência respiratória devido a pneumonia. Evoluiu com novo quadro de piora respiratória após 5 dias de uso de Meropenen com realização de broncoscopia e lavado broncoalveolar apresentando larvas de estrongiloidíase, parasitológico de fezes posisitvo para estrongiloidíase e realizada sorologia para HIV que foi positiva. Iniciou tratamento medicamentoso com Ivermectina, porém houve dificuldade de extubação após 7 dias da admissão. Na enfermaria evoluiu com rebaixamento do nível de consciência (ECG: 3) sendo encaminhado novamente a UTI. Na ocasião TC crânio evidenciou degeneração cerebral difusa e líquor sem alterações significativas. Realizada hemocultura com crescimento de Acinetobacter baumannii sensível somente a Polimixina B e Tigeciclina. Novamente apresentou dificuldade de extubação sendo necessária realização de traqueostomia.
Na enfermaria estava em ECG 11T pontos (AO 4 RV 1 RM 6) e realizou antibioticoterapia com tigeciclina e polimixina B por 10 dias e Ivermectina 14 dias após a negativação das larvas na secreção da traqueostomia. Após 1 dia de suspensão dos antibióticos evoluiu com desconforto respiratório agudo sem sinais de sepse com rebaixamento do nível de consciência (ECG 3) com óbito por insuficiência respiratória após 17 dias da admissão.

Conclusões/Considerações Finais

A estrongiloidiase disseminada apresenta mortalidade alta na literatura. O desfecho do caso com óbito do paciente deveu-se a insuficiência respiratória, semelhante aos demais casos descritos na literatura. A translocação bacteriana por gram negativos torna a infecção pelo Strongiloides de maior gravidade.

Palavras-chave

Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Estrongiloidíase Disseminada.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Julia Vieira Oberger, Daniela Helena Machado Freitas, Laís Janeczko, Isabel Paulo de Souto Goulart, Camila Sartor Spivakoski