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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Vasculite cutânea pós hidroxicloroquina em paciente com lúpus - relato de caso

Fundamentação/Introdução

As vasculites são definidas como inflamação e necrose dos vasos sanguíneos do organismo. A vasculite leucocitoclástica é uma vasculite de pequenos vasos, apresentando-se nas fases iniciais através de púrpura palpável. Elas podem ser secundárias a doenças inflamatórias sistêmicas, como o lúpus eritematoso sistêmico (LES), em 15% a 20% dos casos. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de natureza autoimune, multissistêmica e etiologia desconhecida. Antimaláricos têm sido amplamente utilizados para o tratamento de LES, particularmente para manifestações cutâneas e músculo-esqueléticos.

Objetivos

Relatar um caso pouco frequente de piora do quadro de vasculite leucocitoclástica em uma paciente portadora de LES após uso de hidroxicloroquina (HCQ).

Delineamento e Métodos

É um estudo qualitativo, onde as informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário, entrevista com a paciente, registro fotográfico e revisão da literatura relacionada ao tema proposto.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

SRS, 31 anos, feminina, cabeleireira, com história de vasculite leucocitoclástica associada ao LES, apresenta lesões eritematosas, de bordas irregulares, distribuídas de maneira difusa pelo corpo. Foi prescrita prednisona 60mg/dia, havendo melhora do quadro. Em consulta ambulatorial para reavaliação, foi introduzida HCQ 400mg/dia. Após o início desta medicação, as lesões aumentaram de maneira importante, atingindo membros superiores e inferiores, tronco, face e couro cabeludo. Sete (07) dias após a suspensão da HCQ os sintomas reduziram significativamente.

Conclusões/Considerações Finais

A nítida melhora das lesões cutâneas após a parada do uso de HCQ sugere que a mesma estava associada à piora do quadro de vasculite leucocitoclástica na paciente, indicando uma provável reação adversa ao medicamento (RAM). No Brasil, as reações adversas são responsáveis por 4% a 11% das internações e geram um alto custo para a saúde pública. Esse dado mostra a importância de identificar uma RAM, com o objetivo de prevenir e diminuir a morbidade e mortalidade a ela relacionada.

Palavras-chave

lupús; urticária vasculite; hidroxicloroquina

Área

Clínica Médica

Autores

Renato Leal Varjão, Mayvelise Correia Gois, Maylla Gomes Xavier, Lorena Carneiro Amado, Denison Santos Silva