Título

PNEUMOMEDIASTINO ESPONTÂNEO E CRISE ASMÁTICA GRAVE: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

Introdução: O pneumomediastino espontâneo é um evento bastante incomum, que se caracteriza pela presença de gás ou ar livre no mediastino. Pode estar relacionado a crises asmáticas graves, manobra de Valsalva, abuso de drogas inalatórias, entre outros.

Objetivos

Objetivos: Demonstração da ocorrência de pneumomediastino espontâneo em paciente asmático e das condutas sugeridas pelos principais estudos relacionados ao caso.

Delineamento e Métodos

Métodos: Descrição, através de relato de caso, da ocorrência de pneumomediastino espontâneo em paciente asmático, decorrente de crise grave.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Relato de Caso: Homem, 18 anos, com diagnóstico de asma brônquica desde a infância, sem acompanhamento médico, tendo procurado o Pronto Socorro por conta de crise de dispneia progressiva a cerca de três dias, associada a tosse seca e sibilância importantes, com piora no dia da internação, queixando-se de dor torácica retroesternal, de início súbito, lancinante. Apresentava-se taquidispneico (FR 32irm), com ausculta pulmonar com ruídos globalmente diminuídos, com sibilos difusos e saturação periférica de O2 de 84 em ar ambiente. Houve recuperação bastante lenta após diversas inalações com broncodilatadores de curta duração, administração de corticoide sistêmico, aminofilina e sulfato de magnésio endovenosos, além de aporte de oxigênio com máscara de Venturi e transferência à UTI, porém com dor torácica persistente. Optado pela realização de tomografia de tórax (TC) que mostrou pneumomediastino, além de áreas de atenuação em mosaico. Pela melhora gradual, optado por analgesia, suporte clínico e medidas para broncoespasmo. Realizada nova TC uma semana após o exame inicial que mostrou resolução do pneumomediastino, estando atualmente em seguimento pneumológico.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: Essa condição se associa à ruptura alveolar, que resulta de alta pressão intra-alveolar, baixa pressão perivascular, ou de ambas. A radiografia de tórax costuma ser o exame inicial de triagem, com sensibilidade de até 90%, a depender da extensão do processo. A tomografia de tórax é o exame padrão ouro para o diagnóstico. Costuma ter uma evolução benigna e autolimitada. Seu tratamento é controverso, com a maioria dos estudos sugerindo conduta conservadora, com repouso e analgesia.

Palavras-chave

Pneumomediastino , Asma.

Área

Clínica Médica