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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS IDOSOS HIPERTENSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA DE CAPITAL NO EXTREMO NORTE DO BRASIL

Fundamentação/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica, e, o fato de ser assintomática pode contribuir para a baixa adesão ao tratamento. Na vigência de fármacos anti-hipertensivos eficazes, a não-adesão à terapêutica suscita um problema de efetividade. O Teste de Morisky e Green (TMG) avalia aspectos como: esquecimento, falta de cuidados e a interrupção do uso devido melhora ou piora dos sintomas da doença de base. É um método quantitativo que atribui 1 (um) ponto a resposta negativa e 0 (zero) pontos para a positiva, totalizando entre 0 (zero) e 4 (quatro) pontos. Quanto maior o valor obtido, mais aderente é o paciente a terapia medicamentosa.

Objetivos

Expor o perfil epidemiológico dos idosos hipertensos assistidos na atenção básica de Boa Vista - Roraima.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal e quantitativo com entrevista de 123 idosos assistidos em 19 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Boa Vista, entre junho e agosto de 2014. Foi aplicado o questionário elaborado por Ungari e o TMG. Utilizou-se o Estatística 8.0 e SPSS 17.0. Estudo aprovado pelo CEP-UFRR (CNS 196/96).

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Utilizou-se como referência o TMG, assim, 52% dos idosos foram classificados como menos aderentes e 48% como mais aderentes. Em ambos os grupos predominou o sexo feminino, a cor parda, os casados ou viúvos, a média de idade foi 71,7 ± 9,8, com variação entre 60 e 93 anos. Do total de pacientes, 27,6% afirmaram que não conseguiriam comprar seus remédios caso não estivessem disponíveis na UBS, 31,7% possuíam apenas o 1° grau incompleto, 67,5% eram aposentados e 51,2% tinham renda familiar mensal de um a dois salários-mínimos. Tabagistas e consumidores de bebidas alcóolicas, representaram 9,7% e 13,0%, respectivamente. 52,8% afirmaram praticar atividade física. Dos mais aderentes ao tratamento, 67,8% participam de algum grupo, dos menos aderentes, 85,9%. Dentre os fatores encontrados, aqueles que interferem significativamente na adesão ao tratamento, citam-se: não ser alfabetizado (p-valor < 0,001), não participar de um grupo de hipertensão (p-valor = 0,016) e usar esporadicamente a medicação (p-valor = 0,005). O fármaco mais usado foi o Losartana.

Conclusões/Considerações Finais

Diante do exposto, a não-adesão ao tratamento da HAS em idosos é de grande relevância no cotidiano, devido à diminuição da qualidade de vida e ao elevado índice de mortalidade nestes pacientes. É relevante mencionar que esta enfermidade tem repercussões não só a nível pessoal, familiar e social; mas também econômico, para o paciente e ao sistema de saúde.

Palavras-chave

Hipertensão, idosos, epidemiologia, antenção básica.

Área

Clínica Médica

Autores

João Pedro Pereira Braga, Rogério Luiz Tuzi Assunção, Milton Vilar Ferreira Dantas, Thaís Suelen Israel Ferreira, Dkaion Vilela de Jesus