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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Septicemia por Chromobacterium violaceum: um raro caso no Brasil

Fundamentação/Introdução

Chromobacterium violaceum (C. violaceum) é um bacilo gram-negativo, anaeróbio facultativo comumente encontrado no solo e na água de climas tropicais e subtropicais. A bactéria penetra no organismo através de traumas na pele ou ingesta de água e frutos do mar contaminados. Possui baixa virulência, raramente infectando o organismo humano. Quando infecta pode causar lesões localizadas, múltiplas lesões necrosantes e abcessos na pele, pulmão, fígado, baço e cérebro, ou progredir para septicemia fatal. Após o primeiro caso humano descrito na Malásia em 1927, menos de 100 casos foram relatados no mundo. Este é provavelmente o quatro relato de caso documentado de infecção por C. violaceum no Brasil. A evolução rápida da doença, falha no diagnóstico e no uso de antibióticos resultam em uma taxa mundial de mortalidade superior a 60%.

Objetivos

O presente estudo descreve um caso fatal de C. violaceum em um homem.

Delineamento e Métodos

Baseado na descrição de caso, revisão de prontuários e artigos no PubMed e Cochrane.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Nós relatamos um caso fatal de septicemia por C. violaceum em um homem de 28 anos de idade em maio de 2015 no Brasil. O paciente era previamente hígido, teve contato com o solo e nadou em um lago em área rural sofrendo ferimentos no pé. Dez dias após o incidente ele procurou o serviço de Emergência de uma cidade próxima relatando cefaléia difusa, dor abdominal e em membros inferiores, astenia, febre e diarréia. Após avaliação médica, foi liberado com receita de Amoxil ™ 500 mg três vezes no dia por 07 dias. Ao longo dos próximos 5 dias ele desenvolveu micronódulos arroxeados na perna direita e abdômen, insuficiência respiratória aguda, insuficiência renal aguda, coagulação vascular disseminada e instabilidade hemodinâmica, requerendo auxílio de medicamentos inotrópicos. Foi imediatamente encaminhado a uma Unidade de Terapia Intensiva, evoluindo a óbito dentro de algumas horas. Duas hemoculturas isolaram C. violaceum.

Conclusões/Considerações Finais

A infecção por C. violaceum ocorre pela exposição da pele lesada a água ou solo contaminado, com efeitos que vão desde lesões cutâneas e abscessos viscerais até sepse grave. A infecção, apesar de incomum, pode resultar em doença sistêmica grave com elevada taxa de mortalidade. O organismo é extremamente resistente à penicilina e cefalexina, sensível à gentamicina, cloranfenicol, ciprofloxacina, tetraciclina, ceftazidima, imipenem e amicacina. O diagnóstico precoce, tratamento adequado e oportuno são aspectos reveladores de sobrevida.

Palavras-chave

Chromobacterium violaceum, chromobacteriosis, sepse, epidemiologia Chromobacterium violaceum.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Santa Isabel - Santa Catarina - Brasil

Autores

Priscila Prada, Natália De Alcantara Zimmermann, Luíza Dadan Perini, Geisiane Custódio, Karine Gerent