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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

PARACOCOCCIDIOIDOMICOSE GRAVE EM IMUNOSSUPRIMIDO

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: Paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica profunda, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Doença endêmica na América Latina, correspondendo à oitava causa de morte por doença infecto-parasitária no Brasil. A transmissão comum ocorre por via inalatória em que o fungo atinge partes pulmonares distais onde macrófagos alveolares tentam controlar a infecção evitando disseminação linfo-hematogênica. A doença pode evoluir para formas agudas (juvenil) ou crônicas (adulto). A primeira, comum em crianças e adolescentes, tem evolução rápida, com linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia e manifestações digestivas e osteoarticular. A forma crônica, responde por até 90% dos casos, predomina em adultos, evolui no decorrer de anos com comprometimento sistêmico pulmonar e mucoso-cutâneo. Ambas evoluem rapidamente para casos disseminados graves e letais.

Objetivos

OBJETIVOS: Descrever o desafio clínico de paracoccidioidomicose em paciente imunossuprimido com pênfigo e hanseníase.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Relato de caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

DESCRIÇÃO DO CASO: J.C.F, feminino, 55 anos, trabalhadora rural, portadora de pênfigo vulgar, em uso de azatioprina e prednisona desde 2006. Em 2010, foi suspenso o imunossupressor quando diagnosticado hanseníase tratada com esquema paucibacilar por 6 mêses e mantido somente a prednisona. Iniciou há 20 dias quadro de infecção purulenta em face. No sétimo dia de antibioticoterapia domiciliar, paciente interrompeu o uso de corticóide e evoluiu com piora das lesões que se tornaram difusas, nodulares e ulceradas, quando foi internada. Diante da hipótese de sepse e fenômeno de Lúcio, iniciado antibiótico de amplo espectro associado à talidomida e prednisona. Apesar da melhora parcial das lesões cutâneas, no 18º dia de internação apresentou choque séptico refratário com evolução rápida para insuficiência respiratória seguida de parada cardiorrespiratória e evoluiu para óbito. Optado por coleta de material para biópsia para confirmação diagnóstica que evidenciou processo inflamatório crônico agudizado associado à paracoccidioidomicose.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: Apesar da paracoccidioidomicose se beneficiar da imunodepressão celular, há poucos relatos de casos em pacientes imunocomprometidos. A doença disseminada implica no diagnóstico diferencial com outras lesões dermatológicas além de infecção secundária associada, quando a biopsia torna-se crucial. O diagnóstico precoce previne casos disseminados e interfere na morbi-mortalidade, reduzindo o impacto na sociedade.

Palavras-chave

Paracoccidioidomicose; imunossuprimido;

Área

Clínica Médica

Instituições

Mário Palmério Hospital Universitário - Minas Gerais - Brasil

Autores

Igor Ulloa Cunha, Fabrício Frederico Mendes Martins, Erica Silva, Flávio Santana Santos, Thaísa Carolina Silva Scalon