TUMORES HIPOFISÁRIOS: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DE SERGIPE
Os tumores de hipófise possuem prevalência estimada de 16,7% na população geral. Eles podem ser classificados de acordo com o tamanho em micro e macroadenomas, e com a produção hormonal em funcionantes ou não funcionantes.
Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia para exérese dos tumores hipofisários.
Trata-se de um estudo analítico, observacional e transversal. A população analisada na pesquisa foram os pacientes portadores de tumor hipofisário submetidos a tratamento cirúrgico na Fundação Beneficência Hospital de Cirurgia (FBHC), serviço de referência de Sergipe, Brasil, no período de janeiro de 2014 a janeiro de 2015. Os dados foram coletados através da análise de prontuários e da aplicação de questionário. As variáveis categóricas foram apresentadas em frequências absoluta e relativa. Para comparação entre as idades de homens e mulheres foi aplicado o teste T de Student, para a comparação do tamanho do tumor entre os gêneros, foi aplicado o teste de Mann-Whitney. A significância estatística foi p ≤ 0,05. Para todas as análises foi usado o programa SPSS 22.0.
Foram analisados 12 pacientes, não houve diferença estatística significante entre os gêneros com relação à idade e ao tamanho do tumor. A média geral da idade foi de 45,50 anos (± 12,55). Todos os tumores foram classificados como macroadenomas, sendo 66,6% do tipo não funcionante. Em relação à clínica 83,3% dos pacientes apresentavam efeito de massa tumoral. O principal achado de imagem, através da ressonância magnética, foi a invasão de seio cavernoso, observado em 83.3% dos pacientes, seguido da compressão de quiasma, presente em 75%. Quanto ao tratamento cirúrgico realizado, 75% foram submetidos à exérese tumoral por via transesfenoidal. A positividade para FSH foi a mais frequente na imunohistoquímica com 71,44% dos casos, seguida de LH com 57,16%, ACTH com 42,84%, e GH e PRL ambos com 28,56%. Avaliando o Ki-67, que é um marcador de proliferação tumoral, 5 pacientes apresentaram positividade.
O adenoma não funcionante possui predomínio no sexo masculino, enquanto no funcionante o sexo feminino é a maioria. Os resultados com a cirurgia transesfenoidal são satisfatórios na maioria dos casos. As complicações pós-cirúrgicas parecem estar relacionadas ao tamanho do tumor, sendo mais prevalentes nos macroadenomas.
Pituitary Neoplasms; Pituitary Diseases; Hypopituitarism; Pituitary Gland, Anterior.
Clínica Médica
Larissa Baracho Macena, Arthur Maynart Pereira Oliveira, Augusto César Santos Esmeraldo, Francielle Temer De Oliveira, Marianna Ribeiro De Menezes Freire