Título

USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA DE BAIXO CUSTO NO TRATAMENTO SINGULAR DE DIABETES.

Fundamentação/Introdução

O diabetes mellitus (DM) faz parte de um grupo de doenças metabólicas que se caracterizam por hiperglicemia resultante da deficiência na secreção ou ação da insulina. Estudos tem demonstrado que níveis de glicemia próximos da normalidade diminuem drasticamente ou até previnem complicações.
Entretanto para que o controle glicêmico seja efetivo com o tratamento, é necessário aprendizado por parte do paciente de vários aspectos sobre a utilização da insulina desde obtenção até a aplicação.

Objetivos

Testar uma ferramenta a qual auxilia o paciente na aplicação correta da dose prescrita de insulina em seu domicilio e avaliar o impacto após o uso deste.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional no qual os dados foram obtidos acompanhando a evolução da paciente.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

TM, feminina, 63 anos, previamente DM, retinopatia diabética, Insuficiência renal crônica e hipertensão arterial, acompanha na UBSF Parque Guarani – Joinville, após observar a realidade da paciente em visita domiciliar, constatou-se que a mesma não executava corretamente o tratamento proposto, devido dificuldade visual causada pela DM, alem da complexidade no preparo e aplicação. Partindo do pressuposto de que nem todo o paciente tem o conhecimento e habilidade necessária para realizar a insulinoterapia de acordo com a prescrição medica e após identificação das reais necessidades da paciente foi construída uma ferramenta para auxiliar a correta dosagem e horários de aplicação, proporcionando maior segurança e motivação para o autocuidado.
A paciente foi acompanhada trimestralmente com teste de hemoglobina glicada (HbA1c), de acordo com o proposto pela SBD 2014 como meta laboratorial para o tratamento do diabetes.

Conclusões/Considerações Finais

A paciente iniciou Insulinização em agosto de 2010, mantendo-se como a hemoglobina glicada (media HbA1c 9,525%) sempre acima da media proposta pela SBD 2014 (entre 7,5% e 8,5% em idosos), independentemente da inclusão ou aumento da dosagem de insulina.
Após a inclusão da ferramenta em março de 2013 a paciente apresentou uma visível melhora de hemoglobina glicada (media HbA1c 7,98%), o que demonstra a efetividade do método, resultando em redução riscos e proporcionando uma melhor qualidade de vida a paciente.
Diante do exposto, espera-se que este estudo subsidie ações que possam contribuir na melhor elaboração de estratégias que favoreçam os usuários que fazem uso da insulina.

Palavras-chave

Diabetes Mellitus; Educação em Saúde; insulinoterapia.