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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA ESPORÁDICA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A Paralisia Periódica Hipocalêmica é uma doença neuromuscular dos canais de cálcio caracterizada por episódios de paralisia flácida associada a hipocalemia. Tem maior incidência em adultos jovens, sexo masculino, com predomínio na etnia oriental. Quanto à etiologia, dividem-se em formas familiares, de caráter autossômico dominante, e em formas esporádicas. O diagnóstico é clínico somado a hipocalemia.

Objetivos

Relatar um caso de paralisia periódica hipocalêmica (PPH), para auxiliar o clínico a considerar como um diagnóstico diferencial, bem como rever sua fisiopatologia e terapêutica. 

Delineamento e Métodos

: Foi avaliado paciente com queixa de fraqueza muscular. O diagnóstico se baseou nas características clínicas da crise de paralisia flácida, nível sérico de potássio, além de outros exames. Foram descritos aspectos epidemiológicos, manifestações clínicas, exames, tratamento e evolução. 

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Homem, 39 anos, pardo, deu entrada com quadro de paraparesia crural, de início progressivo há 06 dias. Negava episódios prévios e casos na família. Ao exame: PA= 160x100 mmhg; paraparesia flácida com paresia grau 2 nos membros inferiores proximal, grau 4 nos membros inferiores distal e grau 5 nos membros superiores, apresentando marcha com apoio. Reflexos 2+ sem sinais de liberação e sensibilidade preservada com controle esfincteriano normal. Líquor normal. Exames: Ht:37,4%; Hb:12,6 g/dl; leucócitos:15,740/mm3; VHS:113 mm; sódio:139 mmol/l; cálcio: 7,2mg/dl; magnésio: 2,2 mg/dl; potássio:1,7 mmol/l; CPK:6331. Iniciada reposição de potássio houve melhora gradual do quadro, sendo dado diagnóstico de paralisia periódica hipocalêmica, variante esporádica. Foi realizado controle da PA e os níveis de CPK e potássio normalizaram. Quanto às causas relacionadas à PPH: TSH: 4,26; Trab: 0,38; FAN: negativo e sorologias negativas para hepatites, HIV, VDRL. O paciente recebeu alta para acompanhamento ambulatorial em uso de acetazolamida. 

Conclusões/Considerações Finais

A presença de PPH em um paciente pardo merece atenção, já que na literatura é descrita em pacientes de origem asiática. Considerando a grande miscigenação da população brasileira, este caso torna-se importante para se pensar nesta condição, visto o bom prognóstico quando diagnosticado e tratado.

Palavras-chave

paralisia periódica hipocalêmica; paralisia flácida; potássio

Área

Clínica Médica

Autores

Juliana Matos Pessoa, Amanda Silva Machado, Larice Assef Bastos, Sussene Castro de Souza Góes Darwich, Camila Nascimento Alves