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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A síndrome da veia cava superior (SVCS) é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da obstrução do fluxo sanguíneo no segmento braquiocefálico por compressão, invasão ou trombose da veia cava superior (VCS). É relativamente rara, secundária a processos neoplásicos (80%) e não-neoplásicos (inserção de marca-passo, cateter para acesso central de jugular interna ou subclávia), além de causas infecciosas como sífilis e tuberculose. O quadro clínico da SVCS depende do grau de obstrução, do tempo de evolução e da circulação colateral envolvida. Dispneia, tosse, disfagia, cefaleia, cervicalgia são os principais sintomas. Sinais como edema de face, pescoço, membros superiores e estase jugular podem estar presentes. Paralisia de corda vocal e Síndrome de Horner podem ocorrer.

Objetivos

Relato de caso

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

ESS, feminino, 56 anos, procurou pronto-atendimento com tosse seca, rouquidão, dispneia, inchaço no pescoço e face há 2 meses. Relatou episódio único de crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Aos 5 anos foi submetida à derivação ventrículo-atrial devido a hidrocefalia. Negou tabagismo e pneumopatias prévias. Ao exame físico apresentava edema facial e cervical, pletora facial e circulação colateral no tórax e no pescoço. Ausculta pulmonar com sibilos em região anterior do hemitórax direito. Radiograma de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma dentro da normalidade. TC de tórax demonstrou a presença de trombo no catéter localizado na VCS e na veia braquiocefálica direita e gás na veia braquiocefálica esquerda decorrente da entrada de ar durante a infusão do contraste. A paciente foi tratada com enoxaparina e varfarina.

Conclusões/Considerações Finais

O diagnóstico de SVCS é clínico, através dos sinais e sintomas consequentes à obstrução venosa central. Os exames de imagem confirmam o diagnóstico. Nesse caso a obstrução foi decorrente de uma derivação ventrículo-atrial (DVA), método muito utilizado até meados do século XX. A DVA foi substituída pela derivação ventrículo-peritoneal (DVP) devido a complicações graves que apresentava. Há poucos estudos sobre SVCS secundário à DVA. Uma revisão com 130 crianças revelou 4 casos de trombose da VCS comprovados por biópsia. Conclui-se que a SVCS é uma síndrome rara causada por obstrução do fluxo sanguíneo braquiocefálico. Dentre as causas incluem-se obstruções decorrentes à passagem de cateteres vasculares. A SVCS secundária a DVA é rara pois esta não é mais utilizada. Além de existirem poucos casos relatados, neste, a trombose ocorreu após 50 anos

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina de Catanduva - São Paulo - Brasil

Autores

Camila Brambilla de Souza, Amanda Scatena Costa, Maria Alice Rocha Ramos, Ricardo Domingos Delduque, Marcelo Ceneviva Macchione