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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Meningite eosinofílica : Apresentação atípica

Fundamentação/Introdução

A meninigite eosinofílica é uma parasitose endêmica em
países da América do Norte, Europa e Ásia, causada por três parasitas
principais: Angiostrongylus cantonensis; Baylisascaris procyonis;
Gnathostoma spinigerum. Apresenta-se com múltiplos sintomas
neurológicos, de intensidade variável e associados a manifestações
sistêmicas. O diagnóstico é obtido pela presença de mais de 10
eosinófilos/mm3 no liquor (LCR) e/ou eosinofilia (mais de 10% de
leucocitos do LCR).

Objetivos

Descrever uma forma atípica de apresentação de meningite
eosinofílica em um paciente com evolução subaguda e sintomas
inicialmente inespecíficos.

Delineamento e Métodos

Relato de Caso Clínico.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente masculino, 31 anos, solteiro, advogado, natural e
residente do Rio de Janeiro. Procura atendimento com quadro de febre de
instalação subaguda, adinamia, polaciúria, retenção urinária, fraqueza
simétrica de membros inferiores com 3 semanas de evolução. História
epidemiológica de viagem para Teresópolis (RJ), com banho de cachoeira
nos 2 meses que precederam o início do quadro; sem comorbidades. Nega
uso de drogas. Exames laboratoriais da emergência não demonstravam
alterações significativas. Em uso de anti-inflamatório não hormonal e
Ciprofloxacina, sem melhora. Retorna à emergência 2 dias depois com
paresia em membros inferiores e alteração na marcha. Internação hospitalar
para investigação do quadro neurológico. Inicialmente evolui com melhora
clínica, com posterior piora do quadro, com confusão mental, e oscilação
do nível de consciência. Iniciado esquema RIPE, aciclovir e corticóide
venoso empiricamente, com boa evolução. Colhido LCR, que evidenciou:
líquor ligeiramente turvo, 112 leucócitos, 74% linfócitos, 10% monócitos,
10% eosinófilos, 6% macrófagos, proteínas: 73g/dL e glicose 65mg/dL e
sorologia positiva para Angiostrongylus cantonensis. Mantido tratamento
com corticóide, com desmame lento, com boa evolução clínica e
recuperação das funções neurológica e urinária.

Conclusões/Considerações Finais

Embora não haja informações sobre a prevalência deste
parasito em nosso meio, este diagnóstico etiológico deve ser considerado
objetivando a conduta terapêutica mais adequada.

Palavras-chave

Meningite eosinofílica, parasitose, Angiostrongylus cantonensis, Baylisascaris procyonis,
Gnathostoma spinigerum

Área

Clínica Médica

Autores

Julia Gama Costabile, Maria Eduarda Soggia, Paulo Artur Moreira Ribeiro Guimarães, Debora Silveira Motta Oliveira, Fernando Moura Junca