RELATO DE CASO DE PACIENTE PORTADORA DE LINFOMA B INTRAVASCULAR DE GRANDES CÉLULAS.
O Linfoma B intravascular de grandes células é um tipo raro de linfoma não Hodgkin e se comporta de maneira agressiva com sobrevida é limitada em casos de ausência de tratamento.
RELATAR CASO DE PACIENTE PORTADORA DE LINFOMA B INTRAVASCULAR DE GRANDES CÉLULAS.
A pesquisa qualitativa, descritiva e transversal. Fontes retiradas do prontuário médico e cirúrgico do paciente.
ISK, Feminina, 73 anos, apresentou-se na consulta referindo massa em região cervical direita sem outros sintomas e ao exame presença de linfadenomegalia a direita de aspecto endurecido e de topografia intramuscular de esternocleidomastoideo. Em investigação, evidenciou na USG cervical nódulo hipoecogêneo, heterogêneo, de contornos mal definidos na musculatura da região cervical direita, medindo 5,1 x 1,4 cm, com sinal ao Doppler colorido. Solicitou-se a Corebiopsy que apresentou resultado inconclusivo, recomendou-se a exérese. Realizado biopsias múltiplas de região cervical direita de músculo esternocleidomastoideo. Laudo histopatológico evidenciou Linfoma difuso de grande células clivadas e não clivadas infiltrando todo tecido muscular esquelético. À biopsia de Medula Óssea sem alteração. Estadiamento Tumoral 1B. Iniciou-se com quimioterapia CHOP + R 4 ciclos com radioterapia adjuvante 36GY em ALX 6MV. Finalizado quimioterapia em dezembro de 2012. Em retorno após um mês paciente queixava-se apenas da disfonia por laringite pós-radioterapia, não apresentando sinais de doença. Manteve-se em remissão de doença e acompanhamento. Após dois anos de remissão paciente veio ao serviço de hematologia do CEONC com quadro de pancitopenia a esclarecer, apresentava-se assintomática, negava sintomas B. Exames laboratoriais demostravam Hb: 9,76; Lc: 2080 (seg.: 1248; linf: 796); Plaquetas de 110.00. Solicitou-se biópsia de medula óssea evidenciando infiltração medular por linfoma de grandes células ocupando 40% da área. Analise imunohistoquimica demostrou Linfoma difuso de grandes células B intravascular com positividade para PAX-5; CD-20; CD-79a citoplasmático e MIB-1 (Ki67) positivo em 70% das células neoplásicas. Exames de imagem tomográfica de tórax, abdômen e região cervical mostraram-se livres. Optou-se por reiniciar a quimioterapia com R-CHOP com intensão curativa. Realizado 8 ciclos de R-CHOP. Atualmente paciente encontra-se assintomática e em remissão.
Conclui-se que a analise imunohistoquímica do linfoma B é de grande valia devido à adequação terapêutica possibilitar maior sobrevida ao paciente.
LINFOMA B INTRAVASCULAR DE GRANDES CÉLULAS; LINFOMA NÃO HODGKIN; IMUNOHISTOQUIMICA
Clínica Médica
Jorge Manuel Rodrigues Oliveira Filho, Wener Augusto da Silva, Marina ochoa Ughini, Regina Maria Roman, Alex Júnior Schäfer