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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Mixoma atrial esquerdo com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Cardioembólico. Relato de caso.

Fundamentação/Introdução

Os mixomas são responsáveis por aproximadamente 50% dos tumores cardíacos primários, sendo, portanto, os mais comuns. Geralmente únicos e localizados no átrio esquerdo, originando-se em 80% dos casos no septo interatrial. Acometem principalmente mulheres e, comumente manifestam-se através de fenômenos embólicos ou obstrutivos e sintomas sistêmicos inespecíficos.

Objetivos

Descrever um caso de Mixoma atrial esquerdo com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Cardioembólico em Rio Branco–ACRE.

Delineamento e Métodos

Informações obtidas através de prontuário e artigos.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 53 anos, parda, apresentando dispnéia, palpitação e dor torácica com 7 anos de evolução; vinha piorando dos sintomas há 8 meses, apresentando ainda febre, mal-estar geral, adinamia e perda ponderal. Após 6 meses foi hospitalizada com hemiparesia direita súbita acompanhada de desvio de rima labial a esquerda e disartria com duração de cerca de 40 minutos seguida de crise convulsiva e perda da consciência. Realizou tomografia de crânio evidenciando lesão hipodensa em região pré-frontal sugerindo um processo expansivo. Avaliada pela neurocirurgia que biopsiou a lesão. No pós-operatório não houve melhora do quadro sendo encaminhada à enfermaria de clínica médica para acompanhamento. Durante a internação realizou-se ecocardiograma transtorácico evidenciando imagem ecodensa, pedunculada, no interior do átrio esquerdo, sugerindo mixoma, sendo indicado tratamento cirúrgico. Discussão: Mixomas ocorrem em todas as idades particularmente entre a 3° e a 6° décadas de vida; É uma neoplasia benigna, porém potencialmente letal pelas complicações. Os sintomas dependem do tamanho, da forma, da mobilidade e da localização do tumor, sendo as manifestações mais comuns a: insuficiência cardíaca. Os sintomas podem ser: dor torácica atípica, síncope, letargia, perda de peso, palpitações, edema periférico, edema agudo de pulmão, embolia pulmonar, isquemia cerebral, ataque isquêmico transitório, taquiarritmias como flutter atrial e fibrilação atrial, hemoptise, e infecção com sinais de endocardite. O ecocardiograma transtorácico é o método de escolha. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica que mostra baixa recidiva com grande sobrevida após a cirurgia e com baixa mortalidade hospitalar.

Conclusões/Considerações Finais

As abordagens das síndromes cerebrais devem incluir o ecocardiograma de forma precoce a fim de permitir um manejo resolutivo do quadro evitando-se complicações maiores.

Área

Clínica Médica

Autores

Samila Alves Silva, Bruna Maria Oliveira Nascimento, Nelson Guilherme Nascimento Hirschmann, André Alves Camelo, Victor Eusmar Xavier Medeiros