AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE
A automedicação é a prática de utilizar medicamentos sem prescrição, é a principal forma de cuidados com a saúde pessoal, é uma via comum de resposta aos sintomas. No Brasil, esta a prática é muito difundida entre a população, pois, a mesma, utiliza de tal prática a fim de diminuir o gasto de tempo, dinheiro ou exposição com consultas. Vários fatores são responsáveis para a difusão dessa pratica, como por exemplo; complementar os sistemas de saúde, influencia do conhecimento prévio entre os alunos da área da saúde e as estratégias promocionais da indústria farmacêutica, todos esses fatores podem contribuir para a efetivação de práticas e desejos de utilização de medicamentos por indivíduos ou populações.
Avaliar algumas variáveis relacionadas ao perfil epidemiológico de automedicação entre graduandos da área da saúde; Identificar a prevalência de automedicação entre os graduandos; Correlacionar a prevalência de automedicação conforme a classe da droga,ano da graduação, curso, idade e sexo do graduando; Identificar as justificativas associadas à automedicação.
Trata-se um estudo observacional, estatístico descritivo, de caráter quantitativo e qualitativo, seguindo uma abordagem transversal e prospectiva.
Dos 239 acadêmicos entrevistados 98,3% fizeram automedicação no ultimo ano, o maior número de participantes era do sexo feminino com 65,4%.O curso de medicina apresentou 39,7% dos entrevistados, enfermagem com 38% dos entrevistados e fisioterapia com 22,3% dos entrevistados. A medicação mais utilizada foi analgésico com 75,4% e anti-inflamatório com 73,7%. Quem mais indicou o uso do medicamento foram amigos ou parentes com 46,4%. Dos entrevistados 82,7% afirmaram ter conhecimento sobre o risco do que o medicamento utilizado sem prescrição medica pode trazer, sendo que 3,4% afirmaram sofrer algum problema pela utilização do medicamento.
A automedicação parece estar associada ao curso, com maior prevalência no curso de medicina e com o sexo mais frequente o feminino. Os medicamentos mais citados foram os analgésicos e anti-inflamatórios. Fatores como nível de conhecimento, confiança, facilidade de acesso a medicamentos, condição financeira, aconselhamento de terceiros, ansiedade em obter alívio rápido, campanhas publicitárias persuasivas e em alguns casos a precariedade dos serviços de saúde interferem significativamente na hora de adotar a automedicação.
Automedicação, alunos da área da saúde.
Clínica Médica
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - Pará - Brasil
WILCONDES MAGALHÃES NETO, NATHALIA MENDES PEREIRA, GABRIEL MATOS HENRIQUES, GABRIEL MORAES RAMOS, MOACIR BORELI TORMES