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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

TROMBOSE VENOSA DE MEMBRO SUPERIOR COMO MANIFESTAÇÃO DE SÍNDROME PARANEOPLÁSICA EM LEUCEMIA AMBÍGUA

Fundamentação/Introdução

Síndromes paraneoplásicas são manifestações desencadeadas por respostas do sistema imunológico a uma neoplasia. Nesse relato, a síndrome paraneoplásica (trombose venosa) desenvolveu-se devido a uma leucemia ambígua ou bifenotípica, que é uma doença hematológica clonal caracterizada pela expressão de antígenos de duas linhagens celulares distintas: a linhagem mielóide e a linhagem linfóide. É uma entidade rara, representando menos de 5% das leucemias agudas. A terapêutica consiste em quimioterapia e, em casos particulares, transplante de medula óssea. Conquanto, o prognóstico é reservado.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi relatar o caso de uma paciente que apresentou trombose venosa profunda em localização atípica como primeira manifestação da leucemia bifenotípica.

Delineamento e Métodos

Realizou-se um estudo retrospectivo e observacional, relatando-se o caso de uma paciente diagnosticada com Leucemia Ambígua.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente feminina, parda, 22 anos, refere que há 8 meses iniciou com dor em membro superior esquerdo, irradiada para região cavo-axilar, acompanhada de edema e diminuição de temperatura do membro acometido. Posteriormente, passou a apresentar sudorese noturna, febre de 38ºC e tontura aos esforços, além de dois episódios de síncope e emagrecimento de 10kg em 2 meses. Realizou-se ultrassonografia com Doppler que diagnosticou trombose venosa profunda ocluindo a veia jugular interna, subclávia, axilar e veia basílica. Ao exame físico, apresentava linfonodos palpáveis e aumentados em região cervical. Exames laboratoriais revelaram: Leucócitos: 29.900/mm³, Bastonetes 0/mm³, Basófilos 0/mm³, Linfócitos 6.578/mm³, Linfócitos atípicos 2.691/mm³, Monócitos 1.794/mm³, Blastos/jovens 14.352/mm³, Hemácias 3,68 milhões /mm³, Hemoglobina 10,3 g/dL, Hematócrito 30%, H.C.M. 28pg, CHCM 34%, RDW 14,6%. A imunofenotipagem por citometria de fluxo identificou Leucemia ambígua ou bifenotípica. Iniciou-se, então, quimioterapia Protocolo 7+3 (Aracytin e Daunorrubicina). No décimo dia de tratamento, a paciente apresentou neutropenia febril, necessitando ser transferida para centro de tratamento intensivo (CTI). A paciente evolui a septicemia e, no quinto dia de CTI, a óbito.

Conclusões/Considerações Finais

O caso descrito salienta a apresentação inicial de trombose venosa em localização atípica (membro superior) como sintoma inicial da neoplasia hematológica, destoando da apresentação típica da síndrome paraneoplásica.

Palavras-chave

Leucemia ambígua. Síndrome paraneoplásica. Trombose Venosa.

Área

Clínica Médica

Autores

Micheli Garcia Muraro, Sabrina Nalin, Cristian Anselmo Trevisan, Laisa Zanella, Denise Ramos de Almeida