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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Abordagem do Clínico na Síndrome de Hamman – Relato de Caso.

Fundamentação/Introdução

Presença de ar livre no mediastino que se apresenta sem relação com trauma torácico, procedimentos traqueobrônquicos ou esofágico é uma condição rara que foi descrita pela primeira vez por Hamman em 1939, e é conhecida como Síndrome de Hamman ou Pneumomediastino espontâneo.
A incidência é desconhecida, ocorre no sexo masculino na razão de 8:1, com maior ocorrência na adolescência e no adulto jovem. É constituído um achado raro na asma, representando 1% dos casos. Os achados mais frequentes é a tríade: dor torácica, enfisema subcutâneo e dispneia.

Objetivos

Apresentar um caso de síndrome de Hamman.

Delineamento e Métodos

Assinatura do TCLE. Revisão do prontuário do Serviço da FHAJ, onde o paciente permaneceu internado até o seu diagnóstico.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Jovem de 14 anos, masculino, pardo, estudante, natural e prodecente de Manaus-Am, há 7 dias apresentou dor torácica, súbita, inespecífica, maior em base de hemitórax direito, de moderada intensidade, associado a dispnéia aos mínimos esforços, tosse produtiva com secreção amarelo esbranquiçada e febre de 38ºC tipo lise.
Diagnosticado com asma brônquica desde os 2 anos de idade, com acompanhamento médico irregular. Sem outras comorbidades, sem história de alergias, cirurgias ou traumas.
Com persistência dos sintomas, procurou então o serviço de emergência, onde fechou-se o diagnóstico de PAC com derrame pleural e asma brônquica exacerbada, iniciando tratamento com Ceftriaxona 2g/dia, Claritromicina 1g/dia, broncodilatadores e sintomáticos.
Ao exame de admissão apresentava-se em bom estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço, colaborativo, eutrófico, hipocorado (+/4+), acianótico, anictérico, dispneico, normohidratado e sem edemas.
Toráx tipo pectus scavatum com expansividade preservada, levemente dispneico porém sem uso de musculatura acessória, FR 22 rpm, So2 98% em ar ambiente. Na palpação destacava-se presença de enfisema subcutâneo em axila direita, região supra-clavicular direita, face lateral de hemitórax direito e fúrcula esternal. Diagnosticado, assim, com Síndrome de Hamman.
O tratamento foi mantido com antibioticoterapia por 10 dias, manutenção dos broncodilatadores com associação de corticoterapia sistêmica e inalatória para controle das crises de asma brônquica.

Conclusões/Considerações Finais

A determinação do Clínico e a excelente relação médico-paciente são fundamentais para corroborar com o processo investigatório. O diagnóstico desta patologia é possível, somente, através da união dos sintomas clínicos e das imagens radiológicas.

Palavras-chave

Síndrome, Hamman, Pneumomediastino, Asma.

Área

Clínica Médica

Autores

Paulo Eugênio do Val Tavares, Patrícia Nogueira Amore, Maria de Nazaré dos Santos Simão, Valderlana Monteiro da Costa, Miguel Ângelo Peixoto de Lima