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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Síndrome gripal entre grávidas: prevalência, manifestações clínicas e fatores associados.

Fundamentação/Introdução

Introdução: O surgimento da pandemia do vírus A(H1N1) em 2009 fez reemergir o interesse pela síndrome gripal (SG). Há pouca informação sobre sua apresentação, sendo muitos casos subnotificados ou subclínicos. O curso é geralmente benigno, mas em grupos de risco, como as gestantes, pode ser mais grave.

Objetivos

Objetivos: Identificar a prevalência de SG entre gestantes, fatores que podem estar associados, principais sintomas e comportamento frente à doença.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo transversal, realizado entre janeiro e dezembro de 2013. Todas as gestantes que conceberam crianças com peso igual ou superior a 500 gramas, e com 20 semanas ou mais de gestação em município do sul do RS foram incluídas e entrevistadas no momento do parto ou imediatamente após. A síndrome gripal foi definida como o relato de tosse e febre. Entre as variáveis independentes se estudaram as sócio-demográficas, sintomas e o comportamento da gestante frente ao quadro. Calculou-se a prevalência de SG e as Razões de Prevalência (RP) dos fatores associados, mediante a regressão de Poisson.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Resultados: Foram entrevistadas 2685 grávidas. A prevalência de SG foi 5,9% sendo maior a prevalência entre gestantes de 13 a 19 anos (8,6%), entre as de cor da pele negra (7,4%) e com 1º grau incompleto (7,4%). A média de dias com sintomas foi 8,2 (DP 5,6) e mediana de 7; outros sintomas associados ao quadro foram astenia/adinamia (83,5%), dor no corpo (82,8%), dor de garganta (73,4%) e dor articular (67,7%), sendo que mais da metade das gestantes com SG (55%) referiram associação desses quatro sintomas. Das 156 com SG, 82,3% consultaram, havendo confirmação médica em 85% dos casos. Somente 3% fez exame confirmatório, sendo que em 2 casos foi positivo. Os casos se concentraram entre os meses de Abril e Setembro (70%). O 1º trimestre teve 46,8% dos casos, seguido do 2º trimestre (44,9%). Gestantes entre 20-29 anos, e 30 anos ou mais tiveram menor proporção de casos de SG (RP=0,52 e 0,68 respectivamente), comparadas com gestantes de 13-19 anos. Grávidas com 1o grau completo tiveram 28% menor probabilidade de ter SG (RP=0,72). Finalmente o uso de vitamina durante a gravidez diminui a ocorrência da SG em 36% (RP=0,64).

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: Notou-se maior ocorrência da doença entre as mais jovens e as menos educadas, e que o uso de vitaminas pode diminuir a presença de SG. Os dados sugerem que é necessário implementar medidas de proteção e promoção entre os grupos de gestantes com maior probabilidade de terem SG.

Palavras-chave

Palavras-chave: Gripe humana, gravidez, sinais e sintomas.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Renato Henrique Silva Nóbrega, Valéri Pereira Camargo, Daniele Tailla Oliveira, Isabella Fonseca Silva, Raul Andrés Mendoza-Sassi