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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Cistite Enfisematosa em paciente não-diabético

Fundamentação/Introdução

A Cistite Enfisematosa é uma entidade rara causada pelo acúmulo de gás na parede vesical, resultante da fermentação de bactérias ou fungos, acometendo principalmente mulheres, diabéticos mal controlados e imunossuprimidos. A apresentação clínica é inespecífica, o diagnóstico é radiológico e o tratamento baseia-se em antibioticoterapia de amplo espectro.

Objetivos

Relatar caso de Cistite Enfisematosa em paciente não diabético e não imunossuprimido.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente de 70 anos, masculino, com edema generalizado, dispneia aos mínimos esforços, dor abdominal e parada de eliminação de flatos e fezes. Negava alterações urinárias, comorbidades e uso de medicações. Ao exame físico estava em regular estado geral, em anasarca; ausculta pulmonar: presença de estertores bibasais; abdome: ascítico, indolor, ruídos hidroaéreos hipoativos, timpânico a percussão. A avaliação laboratorial revelou leucocitose sem desvio à esquerda, anemia, hemoglobina glicada de 4,7% e a urinanálise mostrou cilindros granulosos, proteinúria, hematúria e piúria. O paciente evoluiu com piora do quadro de dor abdominal, sendo solicitada Tomografia Computadorizada que detectou gás na parede vesical, compatível com o diagnóstico de Cistite Enfisematosa. Urocultura positiva para Escherichia coli, iniciado antibioticoterapia com Meropenem, devido antibiograma mostrando sensibilidade ao fármaco. Ao longo do tratamento, apresentou episódio de hematúria, sem outras alterações. Ao fim da antibioticoterapia, havia melhora completa do quadro de dor abdominal, intestinal e anasarca. Tomografia computadorizada após alta hospitalar sem alterações.

Conclusões/Considerações Finais

A Cistite Enfisematosa é uma entidade rara, entretanto grave e pode apresentar manifestações clínicas sutis contrárias ao grau de acometimento. Desse modo, o médico deve considerá-la no diagnóstico diferencial de condições infecciosas mesmo que o paciente não apresente os fatores de risco clássicos, pois o diagnóstico tardio pode levar a resultados desfavoráveis, incluindo extensão para ureteres, rins com evolução para sepse e óbito.

Palavras-chave

Cistite Enfisematosa.

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário Barão de Mauá - São Paulo - Brasil

Autores

Lino Lucati Ramos, Talita Andrade Brandão, Marcelo Arantes Lima Simões, Yussef Alli Ahmad Júnior