Escala de Performance Paliativa (PPS) como preditor de sobrevida em pacientes com câncer: média dos valores PPS ou pontuação da primeira consulta?
A escala de performance paliativa (PPS) é amplamente utilizada para avaliar a qualidade da assistência paliativa oferecida a um paciente oncológico. Alguns autores têm sugerido que os valores obtidos na PPS podem ser utilizados como um fator prognóstico isolado para esses pacientes.
Avaliar a média e o valor da PPS na primeira consulta como preditores de sobrevida em pacientes atendidos em um serviço de cuidados paliativos.
Análise retrospectiva de um banco de dados validados, que incluiu 136 registros do principal serviço de oncologia de Joinville, SC. Avaliamos as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes a partir do cálculo de médias e desvio-padrão. Além disso, construímos curvas de Kaplan-Meier para determinar as sobrevidas, as quais foram comparadas pelo teste Log-Rank.
A média de idade dos pacientes foi de 67,1 anos e o tempo médio de seguimento nos cuidados paliativos foi de 7,9 meses. O diagnóstico mais frequente foi neoplasia de mama (19,8%), seguido de câncer de pulmão (17,6%) e câncer colorretal (15,4%). Maiores médias dos valores PPS estiveram associadas à maiores taxas de sobrevida (p=0,03). Entretanto, não houve associação entre valores de PPS na admissão e diferentes taxas de sobrevida (p=0,36).
A média dos valores PPS se mostrou um importante preditor de sobrevida. O valor do PPS na primeira consulta, entretanto, não esteve associado a diferenças significativas na sobrevida dos pacientes.
Escala de performance paliativa; sobrevida; cuidados paliativos.
Clínica Médica
Bruna S. Ferreira, Augusto R. Amaral, Lisiane Martins, Giovani M Carvalho, Edson S Campos