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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇÃO DE CORONARIOPATIA E LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica auto-imune, multissistêmica, alternando fases de atividade e remissão. Apresenta padrão bimodal de mortalidade, sendo na fase precoce decorrente da atividade da doença e infecções e, na fase tardia, secundária às complicações ateroscleróticas. Sabe-se que pacientes com LES apresentam risco 50 vezes maior para doença coronariana, de forma que fatores ligados à própria doença ou ao seu tratamento estariam implicados em tais manifestações. A formação da placa aterosclerótica envolve a lesão endotelial secundária à atividade inflamatória do LES e o papel dos corticóides em potencializar os fatores de risco tradicionais a doenças isquêmicas provocando aterosclerose acelerada.

Objetivos

OBJETIVO: Descrever a associação entre LES e DAC grave clinicamente manifesta, em paciente jovem.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO E MÉTODOS: Relato de caso baseado em revisão de prontuário e pesquisa bibliográfica no PubMed.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

DESCRIÇÃO DO CASO: I.E.A, 38 anos, masculino, branco, portador de LES e hipertensão arterial, em uso de prednisona 5mg/dia e losartana 50mg/dia. Admitido devido dor retroesternal há 20 dias, em aperto, caráter recorrente e progressivo sendo a última crise com duração de 15 minutos associado a palpitações, sudorese e dispneia. Na investigação inicial, não apresentou alterações eletrocardiográficas e de enzimas cardíacas. Após estratificação de risco, á cintilografia miocárdica evidenciou hipoperfusão transitória em parede anterior do ventrículo esquerdo. Optado por cineangiocoronariografia (CAC), que confirmou obstrução grave em artéria descendente anterior no terço inicial (70%) e artéria circunflexa no terço inicial (85%) e médio (98%), seguido de angioplastia com implantação de 3 stents convencionais. Após 6 meses, evoluiu com quadro de angina instável e necessidade de nova propedêutica. À CAC, presença de três obstruções intra-stents de 80% que foram abordadas com implantação de stents farmacológicos.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando a melhora da sobrevida dos pacientes com LES, doenças isquêmicas coronarianas tornam-se importante causa de óbito. Apesar do controle dos fatores de risco sabidamente conhecidos para aterosclerose, a forte associação entre LES e DAC mantêm as altas taxas de morbi-mortalidade nesse grupo de doentes indicando que os outros fatores não tradicionais como ativação endotelial, tempo de doença e remodelamento vascular continuam atuando de forma decisiva.

Palavras-chave

lúpus eritematoso sistêmico; doença arterial coronariana;

Área

Clínica Médica

Autores

JOÃO PAULO CHAVES MELO, SAMIR IDALÓ JUNIOR, ANNA LETICIA MELLO, NATHÁLIA PASSOS ALVES, ÉRICA SILVA