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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

O CHA2DS2-VASc pode ser utilizado como preditor de mortalidade em pacientes com acidente vascular encefálico (AVC) independentemente da presença de fibrilação atrial.

Fundamentação/Introdução

O escore CHA2DS2-VASc comtempla variáveis clínicas que podem estar relacionadas a morbi/mortalidade de pacientes com AVC mesmo quando não apresentam documentação de fibrilação atrial (FA).

Objetivos

Avaliar se o CHA2DS2-VASc está relacionado à mortalidade de pacientes admitidos por AVC.

Delineamento e Métodos

Trata-se de estudo coorte retrospectivo em que se avaliou, por meio de entrevista/questionário, 3056 pacientes consecutivos internados por AVC entre os anos 2005 e 2014 na rede hospitalar de Joinville, SC. Foram respeitados os preceitos éticos conforme a resolução 466/12.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

De acordo com a classificação de TOAST, 705 pacientes apresentavam AVC aterotrombótico (23%), 819 cardioembólico (27%), 69 lacunar (23%), 391 de etiologia indeterminada (13%) e 447 de outras etiologias (14%). Em relação às variáveis clínicas do CHA2DS2-VASc, 29% dos pacientes tinham mais de 75 anos, 34% com história positiva de AVC prévio, 74% com hipertensão arterial (HAS) e 32% Diabetes Mellitus (DM). O CHA2DS2-VASc medido do grupo estudado foi de 4,5 ± 1,4 e não apresentou diferença entre os diferentes tipos de AVC. Entretanto, a mortalidade variou de 4,3% nos AVCs lacunares a 26,4% nos AVCs cardioembólicos e esteve diretamente relacionada ao CHA2DS2-VASc que quando ≥ 3 correlacionou-se a um Odds Ratio de 1,99 a 3,66 dependendo do tipo de AVC. Em pacientes com CHA2DS2-VASc < 3 a mortalidade oscilou de 5 a 14% enquanto que no grupo ≥ 3, apresentou-se entre 26% e 40% dependendo diretamente do valor do CHA2DS2-VASc. Dos 218 pacientes com CHA2DS2-VASc igual a 0, apenas 11 vieram a falecer enquanto 90/147 (61%) e 33/50 (66%) pacientes com CHA2DS2-VASc respectivamente de 6 e 7, evoluíram para óbito durante 36 ± 19 meses. O menor impacto do escore de risco foi no grupo de AVC cardioembólico onde a mortalidade correlacionou-se fortemente com a documentação de FA durante a internação hospitalar, a qual aumentou em 2 vezes a chance de mortalidade (OR: 1,92 [1,39-2,65]; p<0,001).

Conclusões/Considerações Finais

O CHA2DS2-VASc é preditor de mortalidade em todos os tipos de AVC independente da presença de fibrilação atrial.

Palavras-chave

Fibrilação Atrial; Acidente Vascular Cerebral; Escore de risco.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital de Cardiologia SOS Cardio - Santa Catarina - Brasil, Universidade da Região de Joinville - Santa Catarina - Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Gabriel Odozynski, Norberto Luiz Cabral, André Luiz Buchele d'Avila