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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Pericardite Constritiva por Severa Calcificação Idiopática do Pericárdio em Adulto Jovem

Fundamentação/Introdução

A pericardite constritiva é uma doença pouco frequente, e é decorrente do espessamento do pericárdio, com restrição ao enchimento diastólico com consequente evolução para queda do débito cardíaco.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente de 36 anos, com pericardiopatia restritiva por intensa calcificação pericárdica.

Delineamento e Métodos

Avaliação do Prontuário Médico.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Paciente do sexo masculino, jovem, com queixa de taquicardia, sudorese noturna e desconforto precordial, nas três semanas que antecederam a consulta; neste período houve piora progressiva da sintomatologia. O exame físico mostrou palidez cutânea, pulsos normais, coração com bulhas arrítmicas e hipofonéticas, pulmões normais e abdome normal. O eletrocardiograma mostrava ritmo sinusal com bloqueio de ramo direito, o Ecocardiograma Transtorácico mostrou discreto aumento dos átrios, movimento anômalo do septo interventricular com discreto abaulamento para a esquerda, função sistólica biventricular preservadas, disfunção diastólica do ventrículo esquerdo estágio II e severos espessamento e calcificação pericárdica, com sinais de pericardite constritiva. A Tomografia do Coração com Angiotomografia das Coronárias mostrou ausência de calcificações coronarianas, ausência de redução luminal, intensa calcificação pericárdica com sinais de pericardite constritiva. Os exames laboratoriais para doenças autoimunes e o Teste de Mantoux foram negativos. Foi submetido a pericardectomia e o laudo histopatológico mostrou processo inflamatório inespecífico. Teve ótima evolução pós-operatória.

Conclusões/Considerações Finais

Tanto o ecocardiograma transtorácico quanto a Tomografia do Coração possuem alta sensibilidade na detecção de doenças do pericárdio. A literatura mostra que apesar da mortalidade cirúrgica da pericardectomia ser de aproximadamente 6% a 12% a evolução pós-operatória é boa, com uma taxa de sobrevida sem sintomas graves de insuficiência cardíaca em cinco anos de 80%. Portanto, quando fazemos o diagnóstico da pericardite constritiva de forma apropriada e indicamos a cirurgia imediata, podemos promover melhora da qualidade de vida e redução da mortalidade dessa grave doença.

Palavras-chave

Percardite Constritiva, Calcificação Idiopática do Pericárdio, Adulto Jovem.

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto de Cardiologia do Vale do Paraíba - CARDIOVALE - São Paulo - Brasil, Instituto Policlin de Ensino e Pesquisa - IPEP - São Paulo - Brasil

Autores

Isabela Paixão Rodrigues, Lucas Ferreira Theotonio dos Santos, Tatiana Siqueira Capucci, Lucas Medeiros Araujo, João Manoel Theotonio dos Santos