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13º Congresso Brasileiro de Clinica Médica | 3º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

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Centrosul - / | 08 a 11 de outubro de 2015

Dados do Trabalho


Título

Hipertireoidismo associado a Angina de Prinzmetal - Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

A associação de isquemia miocárdica e hipertireoidismo corresponde a menos de 5% dos casos de dor torácica, o que acarreta em retardo no diagnóstico e consequente tratamento inadequado, ocasionando refratariedade da sintomatologia.

Objetivos

Relatar um caso clínico de paciente com Angina de Prinzmetal refratária, que apresentou melhora do quadro após controle de hipertireoidismo.

Delineamento e Métodos

Pesquisa médica e análise detalhada de caso clínico.

Resultados ou Descrição do Caso (quando Relato de Caso)

Relatamos uma paciente do sexo feminino, 51anos, branca, manifestando episódios de dor torácica retroesternal, desencadeada após o esforço físico, com irradiação para membro superior esquerdo, sem fatores de piora, com melhora espontânea após 25 minutos. Exame eletrocardiográfico com evidência de alteração de repolarização em parede anterior e exames laboratoriais com marcadores de injúria cardíacadentro dos padrões de normalidade. Apresentava cineangiocoronariografia (CATE) com evidência de espasmo importante sob lesão de 30%, em terço médio da coronária circunflexa, e ausência de lesões obstrutivas. Ecocardiograma (ECO) com disfunção diastólica discreta de ventrículo esquerdo e insuficiência tricúspide de grau discreto, com fração de ejeção de 66%. Foi aventada hipótese de angina vasoespástica (Angina de Prinzmetal) e introduzido diltiazem 30mg 12/12h. Paciente evoluiu com melhora. Após 2 meses, paciente apresentou novo quadro de precordialgia, com dor anginosa típica. Eletrocardiograma com elevação do segmento ST em parede inferior. Após administração de nitrato, ECG apresentou normalização do traçado. Optado por otimização de dose de diltiazem, entretanto, paciente mantinha episódios frequentes de algia. Devido a refratariedade do quadro, foi solicitada investigação diagnóstica de função tireoidiana. Apresentou dosagem de T4L = 1,51ng/dL e TSH = 0,18uUI/mL, caracterizando hipertireoidismo subclínico. Foi instituído tratamento para tireoidopatia com metimazol. Após normalização da função tireoidiana, paciente evoluiu sem novos episódios álgicos, recebendo alta com programação de acompanhamento ambulatorial com cardiologia e endocrinologia.

Conclusões/Considerações Finais

O caso em questão apresenta relevante importância clínica, devido à rara associação entre uma Angina de Prinzmetal e hipertireoidismo, o que corrobora para o valor científico deste caso.

Palavras-chave

Angina de Prinzmetal, hipertireoidismo

Área

Clínica Médica

Autores

Michelle Gentile Cherit, Ana Paula Graça, Stela Spereta Moscardini, Darwin Luiz Martins Oliveira, Daniel Chalela Neto