Análise descritiva do uso de métodos contraceptivos em mulheres do leste do Maranhão-Brasil
A contracepção representa a principal preocupação das mulheres em idade fértil. No Brasil, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente diversos métodos de controle de natalidade para população usuária dos serviços públicos de saúde, como condom masculino e feminino, diafragma, Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, anticoncepcionais orais e injetáveis, esterilização cirúrgica e espermicidas. Cabe aos profissionais de saúde respeitar as particularidades de cada casal e assegurar que todas as mulheres tenham acesso às informações que permitam escolher o método mais adequado para sua realidade.
Descrever o uso de métodos contraceptivos na faixa etária entre 16 e 59 anos em mulheres da população de Peritoró-MA; Avaliar a paridade da população estudada.
Estudo transversal, realizado através da coleta de dados através de questionários aplicados durante o “Projeto Ligação”, na cidade de Peritoró-MA. O projeto, realizado no dia 22 de Agosto de 2015 teve como objetivo promover estratégias de promoção de saúde através de prevenção primária e diagnóstico precoce de patologias de alta incidência e prevalência. A cidade de Peritoró-MA, localiza-se no leste do estado do Maranhão, com uma população de aproximadamente 21 mil habitantes, IDH 0,537 e nível de escolaridade predominante o fundamental. A tabulação e análise descritiva dos dados foi foram realizadas no programa Epiinfo 7.0.
De um total de 97 mulheres, com idade entre 16 e 59 anos, 41 mulheres (42,27%) utilizavam métodos contraceptivos e 56 (57,73%) não faziam uso de nenhum método. Vinte e quatro mulheres (23,76%) optaram pela esterilização cirúrgica, 11 (10,89%) utilizavam condom masculino, 5 (4,95%) o anticoncepcional injetável e 5 (4,95%) o uso de anticoncepcional oral. Quatro utilizavam dois ou mais métodos, e nenhuma utilizava DIU, tabela ou coito interrompido. Do grupo de mulheres que utilizavam método contraceptivo, a paridade mínima foi zero e a máxima de 11, apresentando uma média de 3,09 filhos por mulher.
A maioria das mulheres analisadas não utilizavam métodos contraceptivos, demonstrando pouco conhecimento sobre o método e quanto às opções disponíveis, acarretando em alta paridade em uma cidade com poucos recursos. Através do estudo podemos observar que o método mais utilizado é a esterilização cirúrgica feminina, provavelmente decorrente da alta paridade.
Contraceptivos, natalidade, saúde da mulher, planejamento familiar, paridade.
Clínica Médica
Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos - ITPAC Porto Nacional - Tocantins - Brasil
Eduardo Santos Cruz, Aline Bonfanti, Camila Andrade Silva, Lucas Lima Costa